Republicanos avançam com impeachment de secretário de Biden
A Comissão de Segurança Nacional da Câmara dos EUA aprovou, na noite desta terça-feira, 30, o impeachment de Alejandro Mayorkas (foto), o secretário de Segurança Nacional do país. O texto agora segue para o plenário da Câmara que, com maioria do partido Republicao, deve aprovar a perda do cargo. Mayorkas — que ocupa um cargo...
A Comissão de Segurança Nacional da Câmara dos EUA aprovou, na noite desta terça-feira, 30, o impeachment de Alejandro Mayorkas (foto), o secretário de Segurança Nacional do país. O texto agora segue para o plenário da Câmara que, com maioria do partido Republicao, deve aprovar a perda do cargo.
Mayorkas — que ocupa um cargo equivalente a um ministro no Brasil —é o responsável por aplicar as políticas de controle à imigração ilegal de Joe Biden.
E, em uma votação bem dividida entre as linhas, a comissão decidiu deixar clara sua mensagem à Casa Branca sobre seu desacordo com a política adotada pelo democrata. Os 18 deputados a favor do impeachment eram republicanos; os 15 contrários, todos democratas.
Não há nenhuma acusação de crime ou ação corrupta contra Mayorkas — o argumento dos republicanos é que a política de migração de Biden é contra a lei.
O voto no plenário da Câmara é esperado para a próxima semana, e deve garantir que o caso de Mayorkas seja julgado no Senado. Lá, com uma ligeiríssima maioria dos democratas (51 a 49), o processo não tem os 60 votos necessários e deve ser enterrado em definitivo.
O que não impede que, em pleno ano eleitoral americano, a política imigratória se torne o assunto da principal divisão entre os dois partidos dominantes na política do país.
A discordância sobre como Biden deve tratar a imigração ilegal na fronteira com o México (que vem alcançando máximas históricas ano após ano) quase jogou o Orçamento do país no ralo, e ameaça deixar a Ucrânia sem financiamento para combater a invasão russa em 2024. Além disso, o discurso linha-dura agrada principalmente o eleitor republicano e seu candidato presidencial, Donald Trump — que voltou com tudo aos holofotes.
Na última semana, o conflito escalou mesmo nos estados. O governador do Texas, Greg Abbott, disse que descumpriria uma ordem da Suprema Corte do país obrigando-o a parar de instalar arame farpado nas margens do rio Grande, fronteira natural com o México. Apesar do entendimento dos juízes de que a competência de fronteira é da Casa Branca, o governador republicano defende que a política de Biden contra imigração é falha, cabendo a ele tomar a dianteira. Casos de insurreição de estados, vale lembrar, deram início à guerra civil americana, em 1861.
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