Queridinha de Bolsonaro, Ceagesp tem ‘diversas irregularidades’, aponta CGU
Em lives, discursos e publicações nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro cita com frequência a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, Ceagesp, como exemplo de gestão. Em dezembro, ele foi ao local para inaugurar um relógio, quando elogiou trabalhadores e permissionários da estatal e descartou planos de privatização. Auditoria da Controladoria-Geral...
Em lives, discursos e publicações nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro cita com frequência a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, Ceagesp, como exemplo de gestão. Em dezembro, ele foi ao local para inaugurar um relógio, quando elogiou trabalhadores e permissionários da estatal e descartou planos de privatização. Auditoria da Controladoria-Geral da União, no entanto, encontrou irregularidades na administração dos contratos da companhia pública queridinha de Bolsonaro firmados com os ocupantes da área.
Segundo um trecho do relatório da CGU, cuja auditoria foi concluída no fim de 2020, “a Ceagesp implantou modelo de uso remunerado de áreas públicas, em desacordo com determinações do Tribunal de Contas da União”. A CGU diz ainda que “urge à Ceagesp a apuração e responsabilização daqueles que deram causa às diversas irregularidades tratadas neste relatório”.
Em um acórdão de 2019, o Tribunal de Contas da União apontou uma série de problemas na Ceagesp, herdados de administrações anteriores, como a falta de investimentos, que levou ao sucateamento da companhia. Segundo o TCU, uma das causas foi justamente o fraco desempenho na geração de receitas pelas falhas na gestão das áreas cedidas, como contratos de permissão firmados sem licitação ou com prazo indeterminado, caso de 90% dos acertos com os concessionários. Os valores de aluguel estavam abaixo do preço de mercado, reajustes anuais deixaram de ser aplicados e havia um mercado paralelo de vendas nas áreas da Ceagesp.
No levantamento realizado pela CGU em 2020, parte das falhas ainda estava presente. “A irregularidade da adoção de modelo divergente do previsto pelo Tribunal de Contas da União ainda permanece em vigência, e seu modelo utilizado em todos os novos contratos firmados, acarretando o reiterado descumprimento do acórdão”.
Em manifestação à CGU, a Ceagesp argumentou que não pode transformar permissões de uso, de caráter precário, em concessões de uso, que podem gerar demandas judiciais por indenizações, caso futuramente haja transferência da estatal para outro espaço ou a privatização da companhia.
Apesar da resistência de Bolsonaro, motivada por questões políticas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem a Ceagesp está vinculada, já declarou que a privatização da companhia poderia render 40 bilhões de reais aos cofres públicos.
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Comentários (10)
Ney
2021-01-18 11:48:15BOZOMERDAS
Carla
2021-01-17 15:43:22agora que tem um coronel da policia militar pra pôr (e esta pondo) ordem no galinheiro ,isso vcs não falam ,nem elogiam. jogam vinagre na ferida da atual gestão e passam pano nas anteriores
Edmundo
2021-01-17 13:01:37QUERO SABER SE ANTES NÃO TINHA E SÓ AGORA VEIO A TONA? PORQUE? PORQUE VC QUE TEM FAZER TRABALHO DIREITO INVESTIGA TUDO AGORA E ANTES?
Vera
2021-01-17 11:02:34Tantas décadas a Ceagesp livre leve e solta nas mãos de criminosos NINGUÉM VIU !Agora , somente agora , todos lembraram que ela existe! Claro né tem Bolsonaro na linha ! Hipocrisia pura !
WILMAR
2021-01-17 09:02:40E antes a cgu não viu nada?
Peter
2021-01-17 04:22:50Boa matéria. Uma pena que JB é um errático. Um desastre.
Neusa
2021-01-16 15:10:07Inauguração do relógio contaminou qtos ?! Palhaço Bozo fazendo festa e propaganda enganosa como sempre!
Edmundo
2021-01-16 11:07:46Porque o tribunal só chega depois que a sociedade é roubada. Vs são coniventes, não merecem o salário que recebem da sociedade!!!!
Carlos
2021-01-16 10:47:06presidente genocida e paspalhão
Nilson
2021-01-16 10:35:30A gestão Paulo Guedes é um horror, conseguiu elevar a inflação para patamares impensáveis desde o início do Plano Real, reforma tributária, enxugamento da máquina pública, até agora nada. Ele é bom de palestra já como ministro não cumpriu nada do que prometeu. É outro economista que acha que a única saída é tributar mais o contribuinte pra sustentar a gastança pública. Até hoje não apareceram economistas no governo com o status dos criadores do Plano Real, Edmar Bacha, Persio Árida, Pedro Malan