Quem é Sergei Shoigu, o general sem experiência militar que dá conselhos a Putin
O principal conselheiro do presidente Vladimir Putin na invasão da Ucrânia é Sergei Shoigu, seu ministro da Defesa. Homem de confiança de Putin que já foi fotografado sem camisa pescando com o autocrata russo na Sibéria (foto), Shoigu está por trás das decisões equivocadas que colocaram as Forças Armadas russas em um atoleiro na Ucrânia....
O principal conselheiro do presidente Vladimir Putin na invasão da Ucrânia é Sergei Shoigu, seu ministro da Defesa. Homem de confiança de Putin que já foi fotografado sem camisa pescando com o autocrata russo na Sibéria (foto), Shoigu está por trás das decisões equivocadas que colocaram as Forças Armadas russas em um atoleiro na Ucrânia.
Segundo o Wall Street Journal, foi ele quem garantiu a Putin que a vitória na Ucrânia seria rápida, o que obviamente não aconteceu -- os russos subestimaram a resistência dos ucranianos e não previram as sanções pesadas do Ocidente.
Com mais de duas semanas de guerra, Shoigu segue negando a realidade. "Vladimir Vladimirovich (Putin), tudo está indo de acordo com o planejado", disse Shoigu em um vídeo divulgado na sexta, 11.
Shoigu é engenheiro de formação, cresceu em Tuva, perto da Mongólia, e chegou a Moscou nos anos 1990. Membro da elite política, tornou-se ministro de Situações de Emergência no governo de Boris Yeltsin. Ao comandar uma brigada de milhares de homens pronta para embarcar em aviões e prestar socorro em qualquer canto do país, ganhou popularidade entre os russos. Ele também aparecia com frequência conversando com vítimas de desastres naturais e de atentados terroristas.
Em 2012, Putin escolheu Shoigu para ser ministro da Defesa. Até então, ele não tinha tido qualquer passagem pelas Forças Armadas, e sua nomeação nunca foi bem aceita pelo resto da hierarquia militar.
"O fato de ele ser um político com patente de general, mas sem experiência alguma na área militar, pode ser uma das possíveis razões de as Forças Armadas russas não serem tão boas como se imaginava", diz o cientista político Gunther Rudzit, professor de relações internacionais na Escola Superior de Propaganda e Marketing, a ESPM.
Shoigu tem fixação por uniformes. Certa vez, mandou para a Sibéria um oficial de sua pasta porque não gostou de vê-lo dando expediente de terno em Moscou. A partir desse episódio, todos os funcionários do ministério passaram a ser obrigados a vestir uniformes militares. Em 2017, Shoigu mudou o desenho para que a farda ficasse mais parecida com a dos tempos da União Soviética. Dois anos depois, inaugurou um museu de uniformes militares na capital russa, feito com o objetivo de "preservar e popularizar as melhores tradições do Exército".
Sergei Shoigu também aumentou os salários dos oficiais e tornou praticamente impossível aos jovens escapar do serviço militar obrigatório. Durante a semana, pela primeira vez, oficiais russos admitiram que recrutas conscritos estavam lutando na Ucrânia, o que gerou reclamações de familiares dentro da Rússia.
Outra mudança da lavra de Shoigu é que as decisões militares, que historicamente ficavam sob a responsabilidade da agência inteligência FSB, a antiga KGB, passaram a depender basicamente das Forças Armadas.
Essa inversão se concretizou em 2014, quando um presidente aliado do Kremlin, Viktor Yanukovych, enfrentava protestos populares na Ucrânia. Putin acionou a FSB para controlar as manifestações, sem sucesso. Yanukovych teve de fugir de Kiev. Meses depois, as tropas de Shoigu invadiram a península da Crimeia sem disparar um tiro. Com isso, o que tinha soado como uma derrota para o Kremlin passou a ser visto como uma vitória, o que elevou a aprovação popular de Putin. No ano seguinte, a atuação de Shoigu e das Forças Armadas russas foram fundamentais para manter o ditador Bashar Assad no governo da Síria.
Essas duas ações militares fortaleceram a confiança de Putin em Shoigu. Na sexta, 11, uma conversa entre os dois foi transmitida pela televisão. O ministro afirmou que 16 mil estrangeiros, principalmente do Oriente Médio, teriam demonstrado interesse em lutar na guerra ao lado dos russos. Ele então sugeriu que os voluntários entrassem no campo de batalha na Ucrânia. Putin acolheu o conselho.
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Comentários (7)
Ben
2022-03-14 14:07:58Um sniper bem treinado resolveria metade dos problemas do mundo globalizado, além de poupar inúmeras vidas de cidadãos ucranianos. Putin, você e outros monstros da sua categoria não merecem viver num mundo pós segunda guerra. Volte para o inferno de onde você fugiu, imundo!
Waldemar
2022-03-14 11:27:06Matéria de relevância secundária, pois não se conhece a real estratégia russa.O que sabemos aqui é fruto de um conjunto de narrativas e fatos nos moldes CNN. Temos que parar com a Guerra,de destruir vidas, liberdades e propriedades.Afastar a chance de um inverno nuclear e a destruição,pela fome, do mundo.Não é assunto trivial.
Enilda
2022-03-14 08:34:22Meus Deus, protegei os ucranianos, os russos e a toda humanidade da loucura, imbecilidade desses homens : Putin e cia Ltda! “Eles não sabem o q fazem!!!”
Paulo
2022-03-13 17:27:01deve ser o namoradinho do putinho
Nyco
2022-03-13 13:04:45Esse Putin, parece rato de laboratório, é um perigo para a humanidade. Ofereceram uma recompensa de Um Milhão de Dólares pela cabeça do carniceiro, mas achei barato, não vai atrair caçadores, mas, ... se chegarem na casa dos US$ Cem Milhões, já vão ter que distribuir senhas.
JULIANA
2022-03-12 23:34:39Muita maluquice! (O final lembrou bem o desenho do Pink e Cérebro...)
Emerson
2022-03-12 21:21:50E essa gente tem armas nucleares. Mas não se preocupe. Para Guga Chacra, o maior perigo reside na Arábia Saudita...