Quaest: cresce rejeição a tentativa de candidatura de Bolsonaro
76% dos brasileiros acham que o ex-presidente deveria "abrir mão e apoiar outro candidato"

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 18, aponta o crescimento da rejeição a tentativa de candidatura de Jair Bolsonaro (PL), embora esteja inelegível e em prisão domiciliar.
Segundo o levantamento, 76% dos brasileiros acham que o ex-presidente deveria "abrir mão e apoiar outro candidato", ante 19% que acreditam que ele deva "manter a candidatura".
Em agosto, 65% dos entrevistados disseram que Bolsonaro deveria "abrir mão e apoiar outro candidato". Os que apoiavam a manutenção da candidatura eram 26%.
Em julho, os que achavam que Bolsonaro não deve tentar ser candidato à Presidência eram 62%.
Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, o ex-presidente está inelegível até 2030. Bolsonaro também foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a 27 anos e três meses de prisão pela trama golpista.
Quem deve suceder Bolsonaro?
Na pesquisa, a Quaest perguntou: “Bolsonaro deve disputar a próxima eleição? Se não, quem deve sucedê-lo?”
O candidato "deve ser Jair Bolsonaro" para 19% dos entrevistados.
Na sequência, aparecem Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%; Ratinho Júnior (PSD), 9%; Michelle Bolsonaro (PL), 5%; Eduardo Leite (PSD), Pablo Marçal (PRTB) e Ronaldo Caiado (União), 3% cada; Romeu Zema (Novo), 2%; Eduardo e Flávio Bolsonaro, ambos do PL, 1% cada.
Em agosto, 26% dos entrevistados pela Quaest responderam que o candidato da oposição "deve ser Jair Bolsonaro". Em julho, eles foram 30%.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre 12 e 14 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais.
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Bolsonaro condenado
Após sessões marcadas por indiretas entre ministros, recados ao Congresso, referências à ditadura militar e ao julgamento do mensalão, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou em 11 de setembro, pela primeira vez em sua história, um ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro, por golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Não só ele, como outras sete pessoas: os ex-ministros general Walter Braga Neto (Casa Civil e Defesa); general Augusto Heleno (GSI); Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa); Anderson Torres (Justiça); o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Todos foram condenados por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta ao Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A exceção ficou por conta de Alexandre Ramagem. Beneficiado com uma decisão da Câmara, que sustou a ação penal relacionada ao período do 8 de janeiro — depois que ele assumiu o mandato de deputado federal —, Ramagem foi condenado por três dos cinco crimes: organização criminosa, tentativa de abolição violenta ao Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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