SWinxy via WIkimedia CommonsManifestantes pró-Palestina na Universidade Columbia, em Nova York

Protestos em universidades americanas recebem críticas unânimes da política

23.04.24 11:51

A série de manifestações pró-Palestina, organizadas por estudantes americanos em universidades de elite no país, chega nesta terça-feira, 23, a seu ponto de maior tensão. Mais de 100 alunos foram presos após um protesto na Universidade de Columbia, em Nova York, na última semana — motivando uma onda de acampamentos em mobilizações em campi de todo o país com atos que chegam ao antissemitismo contra judeus que estudam nestes locais.

Em Washington, a classe política não poupou críticas aos protestos. Representantes republicanos e democratas condenaram as ações consideradas extremistas nos centros de ensino superior do país.

A Casa Branca disse condenar as manifestações “em seus mais fortes termos”. “[A Casa Branca] Entende que a violência e intimidação física a estudantes judeus e à comunidade judaica são abertamente antissemitas, injustificadas e perigosas”, disse em um comunicado o porta-voz Andrew Bates. “Eles absolutamente não tem lugar em nenhum campus de universidade.”

Líderes republicanos no Congresso também cobraram medidas mais duras contra os atos antissemitas. A deputada Elise Stefanik (Republicano-NY) pediu a renúncia da presidente da Columbia, Nemat Shafik (que é muçulmana), pelo que considerou uma “falha em por um fim à gangue de estudantes e agitadores espalhando antissemitismo e atos de terrorismo contra estudantes judeus” no campus.

 

Outros três deputados democratas de origem judaica resolveram ir até o campus e marchar junto a estudantes judaicos. O parlamentar Josh Gottenheimer (Democrata – Nova Jersey) também se voltou contra Shafik. ‘Pare de jogo duplo e comece a agir. Puna assediadores. Restaure a civilidade no campus. E engaje um diálogo pacífico, construtivo e civilizado.”

 

Em um comunicado divulgado na madrugada desta segunda-feira, 22, Shafik informou que todas as aulas de Columbia serão realizadas virtualmente, uma vez que as manifestações impedem a segurança dos alunos na instituição.

O protesto, marcado por slogans e cantos antissemitas, levou a universidade a adotar medidas adicionais de segurança e a convocar um diálogo entre as partes envolvidas.

Nesta terça-feira, no entanto, os protesto pró-Palestina tendem a se espalhar por mais instituições de ensino no país, chegando à outra ponta do país, em Berkeley, na California.

Leia mais em Crusoé: Mauro Vieira diz que “não há desculpas” para atrasar adesão da Palestina na ONU

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