Crusoé
24.05.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram

    Projeto de lei das fake news cria 'departamento de censura', diz conselheira da OAB

    Censura, vazamento de dados, violação da privacidade. Para a conselheira federal da OAB Sandra Krieger Gonçalves, os brasileiros estarão submetidos a esses riscos caso entre em vigor a versão do projeto de lei das fake news aprovado pelo Senado e que agora terá que passar pelo crivo da Câmara. Sandra Krieger é relatora das discussões...

    Crusoé
    6 minutos de leitura 19.07.2020 12:21 comentários 0
    sandra krieger
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    Censura, vazamento de dados, violação da privacidade. Para a conselheira federal da OAB Sandra Krieger Gonçalves, os brasileiros estarão submetidos a esses riscos caso entre em vigor a versão do projeto de lei das fake news aprovado pelo Senado e que agora terá que passar pelo crivo da Câmara. Sandra Krieger é relatora das discussões que vão embasar um posicionamento da entidade sobre o texto que tramita no Legislativo. A ideia é que o relatório, que passará ainda por votação no plenário do Conselho Federal da Ordem, seja encaminhado à Câmara e que as considerações sejam levadas em conta pelos deputados.

    O projeto prevê que as redes sociais passem a coibir a criação de perfis falsos e limitar os disparos em massa de mensagens. O objetivo é inibir a atuação das chamadas milícias digitais, que atuaram nas eleições de 2018 e preocupam as autoridades eleitorais para o pleito municipal de 2020. Da maneira como foi aprovado pelo Senado, porém, o texto cria um conselho de autorregulação das redes sociais e prevê que as empresas armazenem por três meses mensagens privadas dos usuários. Para Sandra Krieger, é justamente aí que está o problema. O texto, diz ela, pode criar uma mordaça nas redes sociais e ainda expor a vida pessoal de usuários que não cometeram crimes. A conselheira da OAB recomenda que o projeto seja totalmente alterado ou mesmo rejeitado pela Câmara. Ela falou a Crusoé sobre o tema:

    Quais são os riscos envolvidos na versão atual do projeto?
    Não há nenhuma pista, no texto aprovado pelo Senado, do conceito de fake news ou daquilo que é notícia falsa. Não há uma distinção e muito menos deveria haver a possibilidade de estabelecer por lei o que é verdade e o que é mentira. O projeto aprovado no Senado teve por uma expectativa estabelecer controle sobre a questão do disparo automático por meios eletrônicos de mensagens que contenham algum tipo de calúnia. A preocupação inicial é boa. O problema é que para resolver uma distorção que a sociedade hoje vive em torno de notícias que são divulgadas, por robôs ou por pessoas mesmo, em torno de injúria ou de coisas que não refletem a realidade, ele acabou por criar uma maneira de análise de conteúdo. Então, o legislador diz: se a gente não consegue controlar os disparos de notícias em massa para pacificar a avaliação de notícias falsas ou não, a gente vai estabelecer um controle de conteúdo. Aquilo que é veiculado na rede não pode ser objeto de depuração, do que interessa e do que não interessa divulgar, do que é mais preciso em torno de conteúdo e o que não é. Eu fiz até uma analogia com a visão de "1984", de George Orwell, em que ele diz que o “grande irmão vê tudo” e que há um “ministério da verdade”, que avalia os comportamentos das pessoas.

    O projeto aprovado no Senado cria uma espécie de autorregulação nas redes sobre conteúdo falso. É a partir dele que haveria esse “controle”?
    Estabelecer esse conselho não é a solução mesmo que ele fosse bem representado pela sociedade. Não vejo razão para a gente entender que qualquer conselho de avaliação de conteúdo possa ser bom. Então, a gente vai ter um representante estatal, um representante da rede, um do jornalismo, mas há um controle censor. Ele estaria estabelecendo políticas de boas práticas mas estaria avaliando conteúdo. Destoa completamente do que a gente imagina de internet, do mundo moderno, de identificação. Isso não tem nada a ver com identificar as pessoas que cometem crimes na rede.

    A proposta, então, criaria uma mordaça?
    O que o projeto estabelece é que esse controle precisa ser feito pela plataforma (rede social) e, depois, se o conselho entender ele demanda a plataforma. Se a plataforma vai ser responsabilizada por aquele conteúdo que alguém citou, ela vai ter que fazer uma avaliação a cada vez que alguém publica alguma coisa. É um departamento de censura terceirizado para avaliar tudo isso. Quando ele tiver dúvida, vai derrubar a página do indivíduo.

    Em que medida o texto abre brechas para violação da privacidade?
    O mais problemático desse projeto é estabelecer o que eu chamo de engenharia transversa. Se hoje esse conselho estabelece que aquela informação fraudulenta foi compartilhada por mil pessoas num aplicativo, ele teria condição de avaliar o conteúdo de três meses para trás daquela informação no aplicativo. Como faz isso? Os aplicativos, ou plataformas, terão que manter armazenados por três meses todas as movimentações e conversas das pessoas. Imaginar que vá estar sujeita ao arquivo é muito perigoso, porque pode haver vazamento de dados. Quanto menos se armazenar de dados, menos se controla o usuário, melhor. Resumindo, esse conselho gestor teria algumas finalidades. Uma delas seria estabelecer boas práticas, mas uma outra perigosa é se ele criar algum tipo de prerrogativa estatal de controle de mensagem privada.

    Mas, se não for por essa via, qual seria a solução para coibir esses crimes?
    Uma das nossas sugestões é que se crie uma Justiça especializada, que seja bastante ágil para determinar a retirada de páginas e o rastreio da informação que seja criminosa. Existe muita diferença entre aquilo que é crime e aquilo que é opinião, e esse crivo tem que ser o crivo da Justiça, não do Poder executivo ou da plataforma.

    Muitas vezes, as redes sociais têm se negado a fornecer seus dados para investigações ou ações na esfera civil que buscam responsabilizar detratores. O texto aprovado no Senado prevê que elas mantenham uma sede no Brasil. Isso ajuda em algo?
    Infelizmente, não. O fato de a estrutura toda da empresa ser sediada no estrangeiro, de ter uma sede ou não aqui, não vai tornar mais fácil a identificação por si só. Acho que tem que ter mecanismos sim de consequência para a empresa quando a Justiça determina a retirada de uma página. Isso tem que ser mais efetivo. Mas acho que manter uma sede no Brasil não vai mudar muita coisa.

    Diários

    Senador quer audiência com Ronaldo Fenômeno para debater melhorias na CBF

    Guilherme Resck Visualizar

    Haddad na República do improviso

    Rodolfo Borges Visualizar

    Crusoé 368: A sem noção

    Crusoé Visualizar

    Renan cutuca governo Lula por aumento do IOF

    Crusoé Visualizar

    EUA oficializam fim de sanções à Síria

    Crusoé Visualizar

    Um governo refém de Nikolas Ferreira

    Rodolfo Borges, Wilson Lima Visualizar

    Mais Lidas

    A pegadinha do fim da reeleição

    A pegadinha do fim da reeleição

    Visualizar notícia
    A sem noção

    A sem noção

    Visualizar notícia
    Assinaturas digitais criam nova forma de endividamento

    Assinaturas digitais criam nova forma de endividamento

    Visualizar notícia
    E se a gente deixasse pra lá?

    E se a gente deixasse pra lá?

    Visualizar notícia
    Haddad na República do improviso

    Haddad na República do improviso

    Visualizar notícia
    Janja e a arte de ignorar o que não se sabe

    Janja e a arte de ignorar o que não se sabe

    Visualizar notícia
    Janja é a nova chanceler do Brasil?

    Janja é a nova chanceler do Brasil?

    Visualizar notícia
    Janja, Janjo e a visão dos ungidos

    Janja, Janjo e a visão dos ungidos

    Visualizar notícia
    Jogo rápido na CBF

    Jogo rápido na CBF

    Visualizar notícia
    O agente secreto da banalidade

    O agente secreto da banalidade

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Câmara Federal

    censura

    Congresso Nacional

    Fake news

    Marco Civil da Internet

    OAB

    PL das Fake News

    privacidade

    Sandra Krieger

    Senado Federal

    < Notícia Anterior

    DEM espera que 'efeito Covid' ajude a emplacar médico do Einstein como vice de Covas

    19.07.2020 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    'Ordenado por Lobo': Lava Jato rastreia possíveis pagamentos no exterior a Edison Lobão

    19.07.2020 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar

    Crusoé

    Suas redes

    Twitter Instagram Facebook

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)

    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)


    Notícias relacionadas

    Senador quer audiência com Ronaldo Fenômeno para debater melhorias na CBF

    Senador quer audiência com Ronaldo Fenômeno para debater melhorias na CBF

    Guilherme Resck
    24.05.2025 10:00 5 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Haddad na República do improviso

    Haddad na República do improviso

    Rodolfo Borges
    24.05.2025 09:42 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé 368: A sem noção

    Crusoé 368: A sem noção

    Crusoé
    24.05.2025 07:00 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Renan cutuca governo Lula por aumento do IOF

    Renan cutuca governo Lula por aumento do IOF

    Crusoé
    23.05.2025 21:45 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Redação Brasília

    SAFS Quadra 02, Bloco 1,
    Ed. Alvoran Asa Sul. — Brasília (DF).
    CEP 70070-600

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso