Agência Câmara

Presidente da CCJ: ‘Se houve conluio entre jornalistas e hackers, há crime de ambos’

29.07.19 16:01

O presidente da CCJ da Câmara, Felipe Francischini (foto), alerta que, se ficar provado um “conluio” entre hackers e jornalistas para a divulgação de mensagens de procuradores da Lava Jato, todos os envolvidos na negociação cometeram crime. Ele pondera, contudo, que não há irregularidade apenas na divulgação jornalística de conteúdos obtidos de forma ilegal, assim como não se pode falar na condenação de quem foi alvo dos grampos.

Para Francischini, no caso dos hackers presos pela Spoofing, o crime já configurado foi o da invasão dos celulares. Caso alguém tenha encomendado ou pago pelas informações obtidas, o parlamentar vê mais uma ilegalidade. “Se houve conluio entre jornalistas e hackers para a invasão, há crime de ambos (os lados da negociação) também”, disse o deputado do PSL. O presidente da CCJ ressalvou que é preciso esperar o avanço das investigações.

Francischini reconhece que suas convicções jurídicas “não agradam a nenhum lado desta batalha ideológica, neste momento”, em relação à discussão iniciada pelo vazamento de mensagens atribuídas a integrantes da Lava Jato pelo The Intercept. “Para a segurança jurídica, não há cor partidária e nem ideologia. Da mesma maneira que não há como se falar em condenação (por prova ilícita) de quem foi hackeado, não há crime na simples divulgação”, ressalvou.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Será? a manuelita e vermelvaldo são honestos. errados é quem deixou hackear. Aliás manuelita estava na missa com o maldhadd

  2. Um absurdo oque está acontecendo. É como se os criminosos obtivessem imunidade para cometer crimes. Jornalistas com liberdade para atacar, mentir, difamar. Isso não é jornalismo é banditismo. É ainda tem os que defendem

  3. Tem que proibir a saída de Glenn do país até que tudo esteja esclarecido. Se ele pagou aos hackers para fazer o "serviço", que mofe na cadeia.

  4. Estou pensando em entrar na Faculdade de Jornalismo. Poderei escrever e publicar a baboseira que quiser, acusando quem for, e simplesmente alegar que recebi de uma fonte anônima... Não terei também a obrigação de provar que a informação é verdade - já que isso não é papel de jornalista.... Se eu conseguir uma grande quantidade de seguidores (fanáticos), tudo vira verdade rapidinho e eu fico famoso... já tem vários exemplos deste tipo de sucesso nos últimos tempos de Brasil.

  5. "Para a segurança jurídica não há cor partidária nem ideologia..." Muito boa essa! Esse sujeito faria muito sucesso num standup show.

  6. Jornalistas não visam o enriquecimento. Não são suscetíveis às tentações do poder e da fama. Tudo que publicam visam tão somente informar a sociedade. Principalmente se for considerada de interesse público. Com essas considerações, se construiu a lei de imprensa no Brasil.

  7. O produto do hackeamento (informação) pode ser considerada como mercadoria com valor comercial pois foi vendida (um software é virtual e tem valor como produto). Sendo assim, quem roubou cometeu crime de furto qualificado e quem comprou é receptador de mercadoria roubada.Leva mais cana do que o ladrão...

  8. Pra abrir a bôca tem que sair de cima do muro, em um parágrafo é crime, no outro está tudo bem, faça o favôr de se decidir ou então guarde essa lingua.

Mais notícias
Assine agora
TOPO