Por que o Auxílio Brasil não será a salvação eleitoral de Jair Bolsonaro
Com a popularidade e as intenções de voto em queda livre, o presidente Jair Bolsonaro aposta no recém-lançado programa Auxílio Brasil para recuperar o terreno perdido e, sobretudo, avançar no eleitorado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O substituto do Bolsa Família, entretanto, não tem força para salvar Bolsonaro de um fiasco nas urnas...
Com a popularidade e as intenções de voto em queda livre, o presidente Jair Bolsonaro aposta no recém-lançado programa Auxílio Brasil para recuperar o terreno perdido e, sobretudo, avançar no eleitorado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O substituto do Bolsa Família, entretanto, não tem força para salvar Bolsonaro de um fiasco nas urnas no ano que vem.
O presidente ficou animado com a perspectiva de alcançar bons resultados eleitorais, como o aumento de popularidade conquistado com o pagamento do auxílio emergencial. Mas o potencial político da nova proposta é muito mais limitado do que o repasse de 600 reais – posteriormente reduzido para 250 reais – que segurou os índices de aprovação do chefe do Planalto e ajudou a livrá-lo de um processo impeachment.
“O Auxílio Brasil é na verdade bastante tímido. É dez vezes menor do que era o auxílio emergencial em termos de gasto. Aquela alta de popularidade de 2020 não vai se repetir”, avalia Pedro Fernando Nery, doutor em economia e consultor legislativo do Senado. Menos de um quinto dos beneficiários do auxílio emergencial, pago durante a pandemia, devem se habilitar para o novo programa. Essa redução do escopo do programa fará, certamente, com que os efeitos políticos do Auxílio Brasil sejam mais limitados.
“É claro que o aumento dos recursos para o Bolsa Família, com a nova marca, é bem-vindo. Mas diante da magnitude da crise social ainda é pouco. Até porque boa parte do novo gasto será em aumento dos benefícios, e não no aumento da cobertura do programa, que é o que poderia conquistar novos eleitores”, disse Nery a Crusoé.
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Comentários (4)
Clayton De Souza PONTES
2021-08-16 17:29:49O estelionato eleitoral materializado pelo apoio do PR ao desmonte do combate à corrupção deverá afastar os eleitores que acreditaram na conversa mole de campanha. #nemlulanembolsonaro #12desetembroeuvou
Maria
2021-08-16 14:20:03Helena Mader vc precisa sair dessa bolha.. O presidente da República tem mais seguidores do que os 57 milhões de brasileiros da última eleição... Porra, as ruas e avenidas lotadas por onde ele passa ..
Max
2021-08-16 12:42:41Nortistas e nordestinos não se deixarão enganar pelo populismo bolsolavista. Vão aceitar o aumento, consumi-lo e eleger Lula, caso não apareça outro candidato que represente uma perspectiva mais animadora em época de economia pífia, inflação e desemprego.
VIDAL
2021-08-16 10:52:09Seja o que for e como for temos que ser capazes como povo e nação, de encontrar uma alternativa ao que será a disputa entre a cruel realidade e a insuportável mentira. Ocorre que o STF já optou por esta, lançando Lula às eleições com a fantasia de mártir, sob a qual padece o país despossuído e humilhado pela corrupção. Aqui reside o maior problema. Seu papel seria o de provedor do Direito e por definição deste da paz e harmonia social. Fez o contrário. Triste! Que Deus nos ilumine! Namastê!