Por que Maduro tem oxigênio de sobra para doar ao Brasil
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça, 3, que enviará três caminhões carregados com oxigênio para hospitais do Amazonas e de Roraima. Nos dois dias em que Manaus ficou sem o insumo — 14 e 15 de janeiro —, mais de 30 pacientes com Covid morreram asfixiados. “Tudo é possível quando há solidariedade,...
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça, 3, que enviará três caminhões carregados com oxigênio para hospitais do Amazonas e de Roraima. Nos dois dias em que Manaus ficou sem o insumo — 14 e 15 de janeiro —, mais de 30 pacientes com Covid morreram asfixiados. “Tudo é possível quando há solidariedade, fraternidade, paz e amor entre os povos”, disse Maduro.
Além da tragédia humanitária, Maduro se move por uma questão política. "Ao enviar oxigênio para o Brasil, Maduro quer passar a mensagem de que seu governo está lidando muito bem com a pandemia, e por isso pode até se dar ao luxo de ajudar outro país. Essa é uma maneira de ele esconder que o sistema hospitalar da Venezuela foi totalmente destruído", diz o médico radiologista e deputado venezuelano Jose Manuel Olivares, que vive na Colômbia desde que foi ameaçado pelos chavistas. Segundo ele, 80% dos aparelhos de raio-X não funcionam na Venezuela. Pacientes com Covid não apenas não conseguem fazer uma chapa do pulmão, como não encontram uma cama de UTI. O país com 28 milhões de habitantes conta com apenas 350 leitos de terapia intensiva funcionando, os quais representam 30% do total. "Além de não ser possível fazer exames, também não existem respiradores suficientes para bombear oxigênio aos pacientes com Covid", diz Olivares.
Desde a crise dos hospitais no Amazonas, o Brasil tem recebido oxigênio hospitalar de duas fontes na Venezuela. A primeira é pela empresa White Martins, que enviou um primeiro carregamento do seu complexo no estado de Anzoategui no dia 18 de janeiro e deve mandar mais oxigênio nas próximas semanas. As transferências ocorrem entre empresas do grupo e não têm relação com a política.
A outra fonte é a empresa siderúrgica Sidor (foto), que produz aço e alumínio e foi estatizada em 2008. O oxigênio é um dos principais insumos da linha de produção. Contudo, a estatal está paralisada, assim como outras indústrias de base na Venezuela. "A nacionalização dessas empresas provocou um declínio acentuado da produção. Hoje elas são como cadáveres insepultos. Sofreram com uma combinação de politização administrativa, má gestão, saída de técnicos capacitados, falta de investimentos e desvalorização do capital produtivo", diz o economista venezuelano Giorgio Cunto, da consultoria Ecoanalítica, em Caracas.
A produção anual de aço líquido da Sidor que já foi de 5 milhões de toneladas caiu para menos de 16 mil toneladas no ano passado. Além disso, seus trabalhadores estão em greve porque não receberam o pagamento pela segunda quinzena de janeiro. Cerca de 93% dos funcionários estão em casa, sem trabalhar. Eles receberam muito bem a notícia de que o oxigênio excedente da Sidor está aliviando a situação no Brasil, mas reclamam de negligência do governo venezuelano ao lidar com a situação sanitária interna. "Todos nós aplaudimos bastante a decisão de Maduro de ajudar Manaus", diz o venezuelano Carlos Ramírez, gerente de prevenção da Siderúrgica de Palanquillas, da Sidor, em Cidade Guiana. "O que não aprovamos é que os quatro hospitais que estão a pouco mais de 15 quilômetros da siderúrgica não têm oxigênio. Nós temos uma quantidade enorme de oxigênio que poderia ser distribuída para todos os hospitais da Venezuela e ainda enviar para o Brasil. Mas isso não acontece porque esse é um governo muito ruim, que não pensa no bem-estar do povo venezuelano."
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Comentários (10)
Antonio
2021-02-05 08:52:36Projeto do PSOL.
Celso
2021-02-04 22:46:47Governo Comunista, Narcotraficantes safados
Voto Salva
2021-02-04 18:10:04Olha o que pode acontecer com o Brasil, 2022 nos temos que tomar as rédeas do Brasil, e limpar o Brasil de politicos corruptos, trazer a Lava jato de volta mais robusta e investigar e prender em todas as esferas publicas do pais e todos os envolvidos. Lembrando que prisão domiciliar numa mansão, com empregados e todos os luxos possíveis vindo do rouba não e condenação e sim premiação. Brasil o pais líder da Impunidade. Vergonha que tenho dos políticos e da justiça brasileira.
Jose
2021-02-04 18:00:24Uma manchete errada que aos poucos pode prejudicar "Crusoé". Porque não dizer que a White Martins -Venezuela -esta fornecendo oxigênio ao estado do Amazonas , por ser mais perto ,do que trazer do Sudeste. Fica um alerta a Crusoé , Dê a noticia correta e também o título. Leitor não gosta de ser enganado.
José
2021-02-04 17:00:56Horrível! Isso! Ajuda os de fora e os seus morrendo também!
José
2021-02-04 15:07:57Bem capaz que os esquerdistas corruptos do Brasil batam palmas ....idiotas funcionais
Leandro
2021-02-04 14:07:05O governo JB já está votando junto com o PT. Agora está nascendo, pasme, presentes de Maduro - ao custo das vidas dos venezuelanos, q eles nunca se preocuparam mesmo. Estamos caminhando para uma bozoPTchavismo? Moro22.
Jose
2021-02-04 13:30:32Vou iluminar os dois neurônios dos bozistas. Segundo o dicionário, genocida é "quem causa a morte de um grupo numeroso de pessoas em pouco tempo". Dado que o Bozo sabia que o vírus era letal, ao promover eventos de contaminação em massa e boicotar o combate a pandemia de forma proposital, ele se tornou um genocida. O termo necrófilo é uma pessoa que tem atração (filia) por pessoas mortas (necro), podendo levar a perversões sexuais tal como descrito pelo Lourival! Bozo é genocida e necrófilo!
MARIO
2021-02-04 12:59:16Sem comentários!
Lourival
2021-02-04 11:33:05Por discordância com as práticas tanto erráticas, quanto desprovidas de embasamento científico, autoritárias e sem efeitos práticos dos fechamentos implantados à força pelo Desgovernador Agripino Dória, esse abjeto fabricante de cadáveres insultou, desancou, desrespeitou uma MULHER negra chamada de Suellen Rosin, Prefeita de Bauru. A Prefeita foi esculachada pelo desgovernador Dória, estafeta da China, mas não se ouviu a indignação das dondocas da #elenão #mexeucomumamexecomtodas. Coragem, moças