Política de imigração de Merkel mostra resultados, mas desagrada alemães
Em 2015, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que era uma obrigação moral acolher os refugiados que vinham principalmente da Síria, do Afeganistão e do Iraque. “Se a Europa falhar na questão dos refugiados, essa não será a Europa que sonhamos”, disse ela. Naquele ano, mais de 1 milhão de imigrantes e refugiados entraram no continente....
Em 2015, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que era uma obrigação moral acolher os refugiados que vinham principalmente da Síria, do Afeganistão e do Iraque. “Se a Europa falhar na questão dos refugiados, essa não será a Europa que sonhamos”, disse ela. Naquele ano, mais de 1 milhão de imigrantes e refugiados entraram no continente.
Conhecidos pela sua eficiência, os alemães montaram um sistema para distribuir as famílias de imigrantes entre as várias cidades do país. Eles também os ensinaram a falar o idioma alemão e deram treinamento para que pudessem exercer uma profissão.
Mais de 10 mil refugiados aprenderam o idioma alemão o suficiente para entrar em uma universidade. A maioria trabalha e paga impostos. Entre crianças e adolescentes refugiados, mais de 80% deles dizem se sentir acolhidos pelas escolas alemãs e queridos por seus colegas.
Entre a opinião pública, contudo, essas conquistas não surtiram efeito. O número de alemães que apoiam a política de imigração caiu de 43% para 25% em cinco anos. Durante esse período, a imigração tornou-se um dos principais temas do debate político do país e impulsionou o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha, que ganhou cadeiras em diversos parlamentos regionais. Assim, ainda que a popularidade de Merkel tenha subido a 80% graças à forma eficiente como ela lidou com a pandemia do coronavírus, o tema imigração continua sendo bastante controverso entre os alemães.
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Comentários (5)
ZURIEL
2020-09-13 10:13:07A reportagem fala dos 10% . E os outros 90%? Estão morando sob pontes e favelas ao longo do Rio Spree (eu vi isso, não ouvi falar...) em Berlim. E amontoados próximo a estação Central de trem em Hamburgo, uma das cidades mais ricas da Alemanha. Não sei visões muito promissoras. Por isso Acho que este socialismo alemão está se esgotando e teremos mudanças na Europa ao q vem nas eleições. Outra : porque chamam o partido AfD de extrema-direita.?? Nada mais errado que isso...
Odete6
2020-09-12 19:19:45Como se fosse """novidade""" o doentio "ódio alemão a todos que não sejam eles próprios"!!!.... E a dona Ângela só mudou a conduta e recepcionou os imigrantes em prol da sua popularidade frente a UE, o que fica patente no incongruente tratamento inicial dado aos imigrantes, simbolizado na antológica cena em que humilha e desfaz da menina imigrante. São mesmo uma ""espécie de subespécie"" incorrigível!!! Pode-se apostar!!!
ALFREDO
2020-09-12 17:32:48Essa Merkel queria era mao de obra barata. A historia se repete. Antes foram os turcos. Acabou com a Alemanha. Nada de humanitário. A violencia explodiu no país
Getulio
2020-09-12 17:18:47Ninguém espera um tratado sobre o desafio demográfico da Alemanha (taxa de fecundidade total de 1,4 -- muito abaixo da taxa de reposição, 2,1), mas o texto poderia ser mais informativo. Lancet publicou recentemente estudo sobre a contração e envelhecimento populacionais na Alemanha e outros países europeus. Sem imigrantes, a economia europeia mais dinâmica enfrentaria problemas que a automação, por si só, não poderia resolver. A. M. está por aposentar-se, após ter conduzido seu país com brilho.
Antonio G
2020-09-12 16:42:20Mesmo demonstrando ser até bem humana em relação ao colapso político e econômico de alguns países da Ásia e Oriente Médio, ela tem a sorte da Alemanha estar no centro da Europa e não na fronteira como Grécia, Itália, Hungria e Bulgária. A União Européia tem hoje "muros" de fronteira pouco noticiados como com a Turquia, Hungria e Bulgária. A imprensa se concentra nas notícias do muro de Trump enquanto o outro fica esquecido.