Polícia venezuelana manda recado a Lula: "Não somos colônia"
"Nossa Pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagem de ninguém, não somos colônia de ninguém", dizem em postagem
O clima azedou de vez entre a ditadura venezuelana e o governo Lula. Até a Polícia Nacional Bolivariana está mandando recado para o presidente brasileiro após o veto do país à entrada da Venezuela no Brics.
Em postagem feita nesta quinta-feira, 31, no Instagram, a polícia venezuelana diz que "Quem mexe com a Venezuela se dá mal". Essa frase aparece em formato de hashtag sobre uma imagem desfocada que parece a de Lula à frente da bandeira do Brasil (foto).
"Nossa Pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagem de ninguém, não somos colônia de ninguém. Estamos destinados a vencer!", diz a postagem, na qual está marcado o perfil de Diosdado Cabello, ministro do Interior de Maduro que ameaçou a líder opositora María Corina Machado na quarta-feira, 30.
Essa é a primeira menção a Lula em meio à ofensiva retórica da ditadura venezuelana contra o Brasil. O regime convocou seu embaixador no Brasil na quarta-feira, 30, e divulgou nota para "manifestar seu mais firme repúdio às recorrentes declarações intrometidas e grosseiras de porta-vozes autorizados pelo governo brasileiro".
"Mensageiro do imperialismo"
O alvo da mensagem era Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais de Lula, que foi classificado pelo regime de Maduro como "mensageiro do imperialismo norte-americano" e virou alvo de uma moção que deve torná-lo persona non grata na Venezuela. O pedido foi feito por Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela.
Na terça-feira, 29, Amorim, que ainda não conseguiu chamar a ditadura de Maduro de ditadura, botou panos quentes nos protestos do regime venezuelano ao veto do Brasil à entrada do país no Brics.
“Há um mal-estar hoje. Torço para que desapareça, mas vai depender de algumas ações”, disse durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
Amorim também negou, durante a audiência, que tenha ocorrido um veto formal do Brasil à entrada da Venezuela no Brics, porque não ocorreu uma votação formal sobre o assunto, mas precisou reconhecer que "o princípio da transparência não foi respeitado" na votação de 28 de julho.
Leia mais: Vingança pessoal? Por que Lula comprou briga com Maduro
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Comentários (1)
ADONIS SINICIO JUNIOR
2024-10-31 19:18:21Lula e Maduro se merecem.