PGR quer que inquérito sobre repasse da Odebrecht a Renan vá para o TRE
Responsável pela Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, a subprocuradora Lindôra Araujo pediu ao Supremo Tribunal Federal que remeta ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas a investigação sobre suposto repasse de 500 mil reais da Odebrecht para o senador Renan Calheiros (foto), do MDB. A manifestação, datada de 14 de dezembro, foi assinada quatro...
Responsável pela Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, a subprocuradora Lindôra Araujo pediu ao Supremo Tribunal Federal que remeta ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas a investigação sobre suposto repasse de 500 mil reais da Odebrecht para o senador Renan Calheiros (foto), do MDB.
A manifestação, datada de 14 de dezembro, foi assinada quatro meses após a Polícia Federal concluir o inquérito e afirmar que há “indícios suficientes” de que o parlamentar cometeu o crime de falsidade ideológica eleitoral — o chamado caixa 2 — ao receber e omitir de suas prestações de contas eleitorais doações feitas pelo setor de Operações Estruturadas, como era conhecida a central de propinas da empreiteira, em 2010.
De acordo com as apurações, a Odebrecht repassou a quantia a Renan Calheiros em duas parcelas de 250 mil reais, em espécie. As transferências estariam registradas no Drousys, o sistema de contabilidade de propinas da companhia, e atreladas ao codinome “Justiça”, atribuído ao senador.
“A investigação apontou que houve doação eleitoral não-contabilizada ao parlamentar pelo grupo Odebrecht, no valor de 500 mil reais, registrada em planilha relativa ao ano de 2010, em que consta o pagamento, as datas e o nome do beneficiário, que, por si só, materializa o crime de falsidade ideológica eleitoral”, escreveu Lindôra Araujo.
O inquérito foi instaurado em 2017 por ordem do ministro Edson Fachin. A investigação mirava, além de Renan, o senador Fernando Bezerra Coelho, atual líder do governo no Senado, apurando a prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na construção do Canal do Sertão, em Alagoas.
O inquérito passou para a relatoria do ministro Marco Aurélio Mello e, a pedido da PGR, foi desmembrado, passando a investigar somente os 500 mil reais pagos pela Odebrecht a Renan Calheiros. Delatores afirmaram que o senador pediu propina em troca de apoio político para a obra, de interesse da empresa.
Apesar dos relatos, a Polícia Federal entendeu não ser possível comprovar o conhecimento ou a contrapartida do senador, “ficando a comprovação da prática dos possíveis crimes de corrupção passiva e ativa prejudicada”. Os investigadores, porém, acreditam ter reunido provas suficientes quanto à prática de falsidade ideológica eleitoral.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
José
2021-01-04 16:46:11Tá na cara que lá ele manda arquivar!!
Regina
2021-01-04 14:07:28É papel da PGR defender bandido?Vergonhoso!
Rodolfo
2021-01-04 13:40:02E a PGR fazendo seu papel de defensor dos interesses dos políticos corruptos e que se dane o Brasil.
Luiz
2021-01-04 12:44:43o que poderia fazer é: todos os políticos tem licença para tudo
José
2021-01-04 09:47:30Renan, notório desqualificado, tem imunidade judicial, algo que beneficia uma série de figuras graúdas da política e do serviço público nos três poderes, quer por relações de parentesco, compadrio e de amizade ou por simplesmente compartilharem interesses escusos. A democracia de compadrio, fonte de atraso e de roubalheira da nossa vilipendiada república.
Carlos
2021-01-04 06:22:05DECISAO DA JA FAMOSA PGC- PROCURADORIA GERAL DOS CORRUPTOS - AGINDO COMO SEMPRE. MAS, COMO DISSE BOZONARO, O SEU MINISTRO DA JUSTICA TERRIVELMENTE EVANGELICO E O SEU PGR PARTICULAR, NAO PRECISA MAIS DE LAVAJATO, PORQUE DESDE QUE ELE FOI ELEITO NAO EXISTE MAIS CORRUPCAO.
Voto Salva 2022
2021-01-03 20:54:33Me parece que o governo(sempre caladinho nessas situacoes), PGR, STF, STJ, OAB, CNMP estao fazendo de tudo para os amiguinhos poderosos da politica e amiguinhos funcionarios publicos, e seus parentes, socios e etc nunca sejam julgados e presos. Eh um trabalho primordial e eficiente para manter eles soltos e o Brasil lider como o pais da impunidade. A grande maioria desses politicos antigos eram pobres e dentro da politica ficaram milionarios, e esta tudo certo com a PGR e nao precisa investigar.
José
2021-01-03 20:08:52Falta vontade de encontrar algo ... Um verdadeiro Teflon Culpa de quem o coloca lá
José
2021-01-03 20:06:38Puxa ... desde a época de Romeu Tuma que a PF faz questão de nada encontrar contra Renan... Só não vê quem não quer
André
2021-01-03 19:14:36Só matando. Esse verme e seus filhos e cúmplices. Maldito útero que pariu esse verme e tantos outros, que zombam da sub-raça que lhes elege.