PGR pede rescisão de acordo com delator da Lava Jato
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a rescisão do acordo de delação premiada com Leandro Meirelles na Operação Lava Jato. O lobista e ex-sócio do laboratório Labogem não está cumprindo as sete horas de serviço comunitário por semana, que deveria prestar ao longo de quatro anos, segundo o Ministério Público. A decisão...
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a rescisão do acordo de delação premiada com Leandro Meirelles na Operação Lava Jato. O lobista e ex-sócio do laboratório Labogem não está cumprindo as sete horas de serviço comunitário por semana, que deveria prestar ao longo de quatro anos, segundo o Ministério Público.
A decisão caberá ao ministro do STF Edson Fachin (foto). Se o acordo for desfeito, Meirelles poderá ter de cumprir seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, por lavagem de dinheiro, mas as informações que deu à Justiça continuarão válidas. O lobista admitiu à Lava Jato ter feito pagamentos no exterior para o doleiro Alberto Youssef, que usou o dinheiro em propina a políticos.
O subprocurador José Adonis Callous de Sá, coordenador da Lava Jato na PGR, alegou no pedido que "decorrido um ano e meio desde a audiência admonitória, o apenado prestou apenas seis horas de serviços à comunidade, em um único dia, sem apresentar justificativas plausíveis para tanto". Além disso, afirmou Callous, "cumpriu de maneira completamente irregular tanto a apresentação de relatórios de atividades quanto o comparecimento bimestral em juízo".
A PGR reconheceu que o lobista apresentou em 24 de janeiro deste ano documentos médicos para apresentar faltas nos meses de outubro a dezembro de 2018. Mas as consultas não o impediriam de cumprir o serviço comunitário, na avaliação da Central de Penas e Medidas Alternativas em São Paulo, onde Meirelles deveria trabalhar para a Associação Franciscana de Solidariedade.
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Comentários (10)
Joel
2019-12-09 23:48:17Foi dada a oportunidade, prefere delinquir....cumpramos a lei.
Rosileine
2019-12-09 18:50:09não leva a sério , cadeia nele
Jose
2019-12-09 17:50:02Faltou com o compromisso assumido que perca os benefícios da delação premiada, é uma pena que não tenhamos mais a prisão em segunda instância senão iria para o xilidró.
Sandro
2019-12-09 17:30:21Essa pena de pagar através de serviços comunitários, é uma piada. Até eu pagaria de boa.
Massaaki
2019-12-09 16:08:21É isso mesmo. Fiquem de olho em todos os delatores, ministro!
PAULO
2019-12-09 15:44:00Somente após um ano e meio que "perceberam" que o criminoso não estava cumprindo o acordo? Ninguém acompanha a BANDIDAGEM país afora? Estamos fritos!
Paulo Renato
2019-12-09 15:32:37Mas ministro, colocar esse lobista para prestar serviços comunitários numa associação que leva esse nome: Associação Franciscana de Solidariedade? O senhor não acha que é exigir demais do apenado? Arrume um local mais adequado para ele prestar esses serviços e que esteja de acordo com o seu perfil!
Jabz
2019-12-09 14:53:46Para esses marginais que ferraram o povo tenham regalias....vergonha
Maria
2019-12-09 14:13:04Devolvam-no à cadeia! É simples.
NELSON
2019-12-09 14:08:42O teatro da justiça é só para pobre.