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PGR denuncia governador do MS e irmãos Batista por esquema de corrupção

A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (foto), do PSDB, os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, e mais 21 pessoas pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O tucano e integrantes de sua gestão são acusados de receber 67 milhões de reais...

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Redação Crusoé
3 minutos de leitura 14.10.2020 19:17 comentários 10
Reinaldo Azambuja

A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (foto), do PSDB, os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, e mais 21 pessoas pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O tucano e integrantes de sua gestão são acusados de receber 67 milhões de reais em propina. Em troca, teriam garantido isenções fiscais e benefícios ao grupo empresarial que ultrapassam 209 milhões de reais.

De acordo com a denúncia, os crimes ocorreram entre 2014 e 2016, durante o primeiro mandato de Azambuja. A PGR diz que o tucano procurou os empresários em busca de doações eleitorais na campanha e, a partir daquele momento, iniciou as negociações sobre o esquema. A peça baseia-se em provas obtidas nas Operações Vostok e Lama Asfáltica, em acordos de colaboração premiada e em quebras de sigilo telefônico e bancário.

Ao Superior Tribunal de Justiça, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo alegou que o governador do Mato Grosso do Sul comandou a organização criminosa. Segundo a PGR, os benefícios fiscais ilegais foram garantidos por meio de Termos de Acordos de Regime Especial, os Tares, ou aditivos assinados pelo ex-secretário de Fazenda do MS e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Márcio Campos Monteiro. Na conta, cerca de 30% dos valores que a JBS deixava de recolher aos cofres públicos em impostos eram repassados ao grupo de Azambuja. 

As propinas, afirma a PGR, foram maquiadas de três formas. A transferência dos valores ocorreu em doações eleitorais oficiais, que, em seguida, acabavam descontadas da “conta da propina”; por meio de notas fiscais frias emitidas por empresas e pecuaristas indicados pelo próprio Azambuja; e via emissários do governador. O principal operador do esquema era o filho do chefe do Executivo local, Rodrigo Souza e Silva, também denunciado.

Conforme a denúncia, Rodrigo costumava acompanhar a entrega de dinheiro em espécie aos emissários do pai. “Esse padrão de comportamento denota que Rodrigo monitorava o recebimento de valores pagos a título de propina, em espécie, mas também, que reportava o ocorrido a seu pai, à medida que as situações se sucediam”. Além disso, em depoimento, Wesley Batista afirmou que 12 milhões de reais foram repassados a Azambuja em dinheiro vivo por meio de entregas a operadores em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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Comentários (10)

Joelena

2020-10-15 15:58:46

o Maestro do centrão magistocrático. Gilmar Mendes demorou a se reacomodar no tabuleiro desde 2018. Teve até que chamar Bolsonaro de genocida e amansar generais antes de voltar a ser o eixo gravitaciona


Joelena

2020-10-15 15:58:04

Faltam só algumas bombas que Bolsonaro precisa desarmar: a CPMI das fake news, sob o poder de agenda de Alcolumbre; o inquérito das fake news no STF, sob comando de Alexandre de Moraes; e as pendências criminais de Flávio Bolsonaro, Queiroz e Wassef no STF, reunidas no gabinete de Gilmar Mendes, o maestro do centrão magistocrático. Gilmar Mendes demorou a


Domisley

2020-10-15 09:51:18

Sou do MS é uma vergonha o povo aqui ter eleito esse ser em vez de e do Juiz aposentado Odilon.


Dalton

2020-10-15 09:27:24

Todos os partidos políticos tem corruptos, cabe a eles investigar e punir, botar para fora corruptos.


Leandro Domingues

2020-10-15 08:15:48

PSDB = PT = Bolsonaro = todos partidos


Maria

2020-10-14 22:55:41

% MORO2022


Lilian

2020-10-14 22:28:32

Agronegócios podres, eita país nojento...


Robert

2020-10-14 21:41:37

quero os nomes dos demais denunciados. Isso é importante.


Magda

2020-10-14 21:14:09

Uma curiosidade sempre me bateu na cabeça como um martelinho de borracha. Nunca vi o nome dos irmãos Batista, goianos, reis da carne, envolvido de alguma forma com o nome do governador do Estado Ronaldo Caiado, goiano, de família tradicional na política desde o tempo do Império, dono de grandes fazendas criadoras de gado pra corte (ser médico é alibi, toda família tradicional precisa ter um). Será isso possível? É só uma pergunta de curiosidade mesmo. Juro.


Paulo

2020-10-14 20:52:58

Salvem a Lava jato.


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