PF mira acordo feito por empresário bolsonarista que quintuplicou aluguel cobrado da Petrobras
Um dos alvos do inquérito dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal, o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury (foto) desistiu de uma ação de despejo contra a Petrobras e assinou um acordo para quintuplicar o valor do aluguel cobrado da estatal pelo uso de um posto de combustíveis em São Paulo depois da posse do presidente...
Um dos alvos do inquérito dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal, o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury (foto) desistiu de uma ação de despejo contra a Petrobras e assinou um acordo para quintuplicar o valor do aluguel cobrado da estatal pelo uso de um posto de combustíveis em São Paulo depois da posse do presidente Jair Bolsonaro.
A suspeita sobre o acordo foi levantada pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga o empresário pelo suposto financiamento dos atos que pediam o fechamento do STF e do Congresso no ano passado. Para a PF, que encontrou cópia do contrato na busca e apreensão feita na casa de Fakhoury em junho de 2020, os elementos "apontam para a necessidade de aprofundamento" da investigação em um inquérito policial específico.
O acordo celebrado entre a Epof Empreendimentos e Participações Imobiliárias, empresa de Fakhoury, e a Petrobras Distribuidora definiu o reajuste do aluguel pelo terreno onde funcionava o posto de 30 mil para 150 mil reais, com validade a partir de janeiro daquele ano, início do mandato de Bolsonaro. Com o acerto, o empresário desistiria de uma liminar que havia obtido em 2017 na Justiça paulista determinando o despejo da estatal da área por atraso nos pagamentos.
O acordo acabou não sendo homologado pela Justiça por causa de uma ação movida pela distribuidora Ipiranga, que já havia assinado um contrato de locação do posto de combustíveis com a empresa de Fakhoury antes do acerto com a Petrobras. Segundo a defesa, o empresário bolsonarista recebeu o aluguel "sem reajuste e sem retroatividade" até o mês de setembro de 2019, quando a Justiça declarou que o contrato válido era o da Ipiranga e não o da Petrobras.
Na mesma investigação sobre Fakhoury, a PF encontrou no computador do empresário notas fiscais emitidas por duas gráficas que produziram material de campanha para o presidente Bolsonaro, em 2018. Os serviços teriam custado, ao todo, 53,3 mil reais e não foram declarados à Justiça Eleitoral. Segundo a defesa do empresário, o material não foi distribuído para a campanha de Bolsonaro, mas a movimentos sociais que apoiavam a candidatura do presidente.
Em nota enviada a Crusoé, o advogado João Vinícius Manssur, que defende Fakhoury, afirmou que o acordo feito pela empresa Epof com a Petrobras não tem nenhuma relação com o governo Bolsonaro nem com os atos antidemocráticos investigados pela PF. Nesta segunda-feira, 7, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, levantou o sigilo da investigação.
Segundo o advogado, o contrato de locação com a Petrobras estava em vigor desde 1990 e a ação de despejo da estatal foi ajuizada em agosto de 2017, mas a sentença só foi proferida em setembro de 2020. "Com relação aos valores, estes foram recebidos a título de locação pela Epof antes da prolação da sentença, haja vista a Petrobrás discutir em juízo o interesse em permanecer no imóvel na qualidade de locatária". Segundo a defesa, "nenhum valor foi recebido de forma quintuplicada" pelo empresário porque o acordo não foi homologado.
Em nota, a BR Distribuidora afirmou que "mantinha contrato de aluguel pelo referido terreno desde 1990, mas não ocupa o imóvel desde 2017, quando perdeu a posse por decisão liminar". "O contrato de aluguel foi encerrado em 2019 por decisão judicial e o termo aditivo nunca foi efetivado. Em função disso, não houve pagamento de nenhum valor reajustado ou retroativo".
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Comentários (10)
Afranio
2021-06-08 15:21:48Eu acredito em tudo que essa revista diz. Ô revista verdadeira e imparcial !
Silvino
2021-06-08 11:19:14Aos negacionistas tudo vale: inflar aluguel e pagar por fora gráficas para promoção de ações antidemocráticas, fingir que compra vacinas, mentir sobre mortes ocasionadas pela covid-19, repassar valores para bloqueiros amigos usando o orçamento federal, montar gabinetes paralelos (ódio e saúde), e por aí vai. Estamos vivendo tempos bicudos e essa gente parece viver em outro planeta.
Anne
2021-06-08 11:12:36Até nisso esse governo cópia o PT. Bolsonaro traídor 🤮
Odete6
2021-06-08 06:32:16E...pof!!!! Lá evaporou-se, lá se foi mais dinheiro público!!!! Que vocação ampla, geral e irrestrita esse miliciano tem pra bandido de todos os naipes!!!!!
Nyco
2021-06-08 00:42:32Agora falemos de coisas boas, tipo: tá chegando vacinas à rodo no país, o Brasil irá fabricar o IFA da vacina Astrazeneca/Oxford, a economia não para de crescer, A bolsa de valores quebra o 6º recorde seguido de pontos, o Tite tá desmoralizado e deve cair, a Min. Tereza Cristina transformou nosso agronegócio no maior do mundo, o Brasil tá virado num canteiro de obras. Imaginem se não houvesse pandemia, portanto, sorriam, comemorem, regozijem-se.
Nyco
2021-06-08 00:23:33Esses ANTAS charlatães dão muita sorte por ter um presidente amante da liberdade. Se é um outro governo, tipo saudita, iraniano, turco e nem vou apelar pra china ou norte coreano. Lá, com toda essa leva de fakenews, vocês já eram.
Márcia
2021-06-07 23:56:10Ehhh..os podres começaram a aparecer!
Gildo
2021-06-07 23:43:45Agora é a roubalheira Bolsopetista 2.0
Gustavo
2021-06-07 21:43:38Repetindo, que é pra ver se vocês entendem: quem é contra a candidatura do Amoêdo não é necessariamente bolsonarista.
Leonardo
2021-06-07 20:55:13Olha só! Então quer dizer que a tal campanha mais barata da história não foi taaooo barata assim