Julio Bittencourt/Valor/FolhapressOs e-mails de Esteves estão sendo escarafunchados em várias frentes de investigação

PF espera por Celso de Mello para analisar arquivos do BTG

19.10.19 17:27

Os e-mails e documentos apreendidos na sede do banco BTG Pactual estão armazenados na Polícia Federal de Curitiba até que o ministro Celso de Mello decida se vai autorizar a análise do material.

A PF se preparava para começar a análise quando, no início de outubro, a defesa do banqueiro André Esteves pediu ao Supremo Tribunal Federal que o mandado de busca e apreensão expedido pela juíza Gabriela Hardt fosse cassado.

O argumento dos advogados, aceito parcialmente pelo decano do STF, é que a investigação mira fatos já apurados em Brasília. Celso de Mello não cancelou as buscas, mas pediu que os dados angariados fossem armazenados até que o mérito do caso fosse julgado.

Como mostrou Crusoé, a PF apreendeu uma vasta quantidade de material no BTG. Somente para baixar o conteúdo nos computadores da corporação foram necessários cerca de sete dias.

O delegado Filipe Pace anexou ao processo um despacho em que rechaça a tese da defesa de Esteves. A juíza Gabriela Hardt se valeu das informações para encaminhar ofício ao STF em que explica que o caso não tem relação com o que é apurado em inquérito enviado por Celso de Mello à Justiça Federal em Brasília.

“Havendo ao menos indícios que fundamentam o aprofundamento das investigações acerca da participação de André Esteves em quatros frentes investigativas cuja competência, ao menos nesta análise inicial, compete a este juízo, não vislumbro como a decisão atacada possa ter afrontado a decisão proferida por vossa excelência”, disse a juíza no documento.

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