'Pelo jeito, o presidente montou a Abin paralela', reage Joice à citação em dossiê
Líder do PSL na Câmara, a deputada federal Joice Hasselmann reagiu nesta sexta-feira, 22, à citação de seu nome em dossiê sobre o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, oferecido a Jair Bolsonaro. Para ela, o documento deixa claro que a máquina pública vem sendo usada pelo presidente para "perseguir seus desafetos e forjar...
Líder do PSL na Câmara, a deputada federal Joice Hasselmann reagiu nesta sexta-feira, 22, à citação de seu nome em dossiê sobre o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, oferecido a Jair Bolsonaro. Para ela, o documento deixa claro que a máquina pública vem sendo usada pelo presidente para "perseguir seus desafetos e forjar dossiês'.
Reportagem da edição desta semana de Crusoé revela que as informações do dossiê contra Witzel são as mesmas usadas pela Procuradoria-Geral da República para embasar a abertura de inquérito para investigar o governador fluminense. O dossiê fazia menção ao lobista Roberto Bertholdo, que, a partir de uma mansão em Brasília, estaria operando em favor do instituto Iabas.
Sua função seria abrir caminhos com políticos para que o Iabas ganhasse contratos emergenciais durante a pandemia. Nessa parte do relato, apareciam nomes de outros desafetos do Planalto que, no julgamento dos portadores do material, poderiam ser arrastados para o centro da confusão. Entre eles, o de Joice e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
"O fato da 'coincidência' de um tal dossiê ter a mesma base de uma investigação da PGR e o fato de me colocarem nesse balaio de gato, sendo que eu não tenho nenhuma relação com Witzel, nenhuma relação de negócios com Roberto, pessoa que não vejo há meses, deixa claro que tem dedo da máquina usada pelo presidente para perseguir seus desafetos e forjar dossiês", afirmou Joice.
"Qualquer relação que façam entre mim e Witzel é uma armação grosseira. Eu já tinha mostrado na CPI das Fake News que o presidente tinha uma máquina de produção de dossiês manipulados e que queria montar uma Abin paralela para perseguir seus desafetos. Pelo jeito montou. É o que está acontecendo", acrescentou a líder do PSL, que rompeu com Bolsonaro em outubro de 2019.
Conforme a reportagem, o dossiê foi levado ao Planalto por aliados próximos do presidente, que afirmou que era preciso “tomar providências”. Segundo o material, Joice e Maia seriam frequentadores da casa de Bertholdo, o que o presidente da Câmara negou. Joice disse que o advogado emprestou a ela sua mansão para um churrasco com correligionários no ano passado.
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