Pazuello: Bolsonaro não incentivará vacinação por ser contra obrigatoriedade
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (foto), sugeriu nesta quinta-feira, 17, que o presidente Jair Bolsonaro não deve participar de campanhas para incentivar a vacinação contra o novo coronavírus. O general adiantou a posição do chefe do Planalto durante audiência no Senado, após ser questionado sobre declarações de Bolsonaro, que, pelo menos duas vezes, assegurou...
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (foto), sugeriu nesta quinta-feira, 17, que o presidente Jair Bolsonaro não deve participar de campanhas para incentivar a vacinação contra o novo coronavírus.
O general adiantou a posição do chefe do Planalto durante audiência no Senado, após ser questionado sobre declarações de Bolsonaro, que, pelo menos duas vezes, assegurou que não vai se imunizar.
“Ainda sobre o presidente Bolsonaro, há pouquíssimo tempo, semanas, ele fez a seguinte declaração: ‘Eu não vou tomar a vacina, e quem quiser tomar que tome’. Eu pergunto ao senhor: como ministro e cidadão, como general, o senhor também faria essa declaração?”, indagou o senador Jorge Kajuru, do Cidadania.
Os parlamentares lembraram, ainda, que, no Reino Unido, anunciou-se que a rainha Elizabeth e o príncipe Philip tomarão a vacina. O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, também vai se imunizar. Questionou-se, portanto, se Bolsonaro faria o mesmo, para dar exemplo à população brasileira.
Em princípio, o ministro disse que as perguntas deveriam ser dirigidas ao próprio chefe do Executivo. Contudo, depois, discorreu sobre o assunto. "Sobre o presidente ser voluntário ou não, acho que é o mesmo enfoque. Ele está reforçando a voluntariedade e não a obrigatoriedade. É uma visão", disse.
De acordo com Pazuello, cabe ao ministério o incentivo à vacinação. "E, sim, nós vamos dar o exemplo, e todos nós, juntos e com outros atores que podem puxar a representação nacional, deverão estar presentes e apoiando essa campanha”, frisou.
"Eu acho que, se nós observarmos que cada um deve ter o seu processo decisório e ser voluntário ou não para essa ou aquela vacina, essa é uma liberdade que acho que o povo brasileiro sempre tem que ter. E nós, sim, temos que trabalhar para mostrar a eficiência, a eficácia e a segurança em campanhas, em todas as mídias, de forma muito clara", completou.
Bolsonaro falou pela primeira vez que não tomaria vacina contra a Covid-19 em 26 de novembro, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. "Eu digo para vocês: eu não vou tomar. É um direito meu. E tenho certeza que o parlamento não vai criar dificuldades para quem, porventura, não tomar vacina. Quem não tomar vacina, se ela for eficaz, duradoura e confiável, estará fazendo mal para si mesmo. E quem tomar a vacina não vai ser infectado. Então não tem que preocupar. Se 200 caras que trabalham comigo não tomaram e eu tomei, estou safo", disse, na ocasião.
Especialistas, entretanto, ressaltam que as pessoas que escolhem não ser imunizadas podem, sim, transmitir doenças a algumas que tomaram a vacina, já que mesmo as mais eficazes não protegem todos que a receberam.
Na última quarta-feira, 16, em entrevista à Band, o presidente repetiu que não se imunizaria e "ponto final". “Eu não posso falar. Como cidadão é uma coisa e como presidente é outra. Mas como eu nunca fugi da verdade, eu digo: Eu não vou tomar a vacina. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu e ponto final", disparou.
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Comentários (10)
AIRTON
2020-12-18 12:23:12Bolsonóquio é contra a obrigatoriedade pra atacar o Dória. Só seus aceclas e seus seguidores ruminantes que acreditam. IVOMEC no gado.
Vimar
2020-12-18 10:10:33Bolsonaro está desmoralizando os Oficiais Generais, ou simplesmente se vingando, através daqueles que integram seu des-governo.
REGINA
2020-12-18 08:38:16Infelizmente o capitão quixotesco continua na contra não da história, com suas atitudes descabidas, sem qualquer respeito pela vida e saúde dos cidadãos.
Gilvomar
2020-12-18 08:09:43#ImpeachmentdeJairBolsonaro,já!
Odete6
2020-12-18 01:48:45CALA A BOCA, OFÉLIA!!!!!!
Luiz
2020-12-18 01:23:00Em fevereiro, o governo federal enviou e Congresso aprovou a lei emergencial de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Justiça, Sergio Moro, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O artigo 3º dessa lei determina que as medidas que poderão ser adotadas para esse enfrentamento são: [...] alínea III: “determinação de realização compulsória de: [...] d) vacinação e outras medidas profiláticas”. O Supremo reconheceu a Lei.
Jose
2020-12-17 22:06:50E quando os países exigirem que só entram os que apresentarem vacina da covid, como ele palhaço e outros que o seguirem vão ficar??
Nádia
2020-12-17 21:48:16Que vergonha alheia.. Traçando a trajetória das imundícies q o patético🤡 falou.. pra gerar a ideia de q o palhaço tem coerência nas afirmações. Nem esse pançuello é tão burro q ache q tá enganando alguém. Marqueteiro tá "ajudando" pançuello a ser mais subserviente do que costumava.. Pançuello teu marqueteiro trabalha é pra bozo.. tu é mto burro..
Leonor
2020-12-17 20:04:15Acéfalo como o pr.
José
2020-12-17 20:00:33É tosco demais!!!