Tony Winston/MS

Pazuello: após ministério chegar ‘no limite’, governo e Congresso negociam com Pfizer e Janssen

25.02.21 18:15

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (foto), afirmou na tarde desta quinta-feira, 25, que a pasta chegou “no limite” da negociação de vacinas contra a Covid-19 com Pfizer e Janssen e alegou que, agora, governo e Congresso conduzem as tratativas com esses laboratórios.

O general falou sobre o assunto ao lado dos presidentes dos Conselhos Nacionais de Secretarias Municipais de Saúde e de Secretarias de Saúde. De acordo com Pazuello, o Brasil vive uma “nova etapa” da pandemia.

Hoje, o vírus mutado nos dá três vezes mais a contaminação, e a velocidade com que isso acontece em pontos focais pode surpreender o gestor em termos de estrutura de apoio. Essa é a realidade que vivemos no Brasil. Não está centrado apenas no Norte e Nordeste, como vimos no ano passado“, disse.

Para combater a propagação da doença, os governos atuarão em três eixos, sendo um deles o da vacinação. De acordo com Pazuello, o ministério negocia com todas as farmacêuticas que têm imunizantes passíveis de contratação.

[No caso de] Pfizer e Janssen, estão o Congresso e o governo federal debruçados sobre a autorização para cumprir cláusulas que estão exigindo. Está se discutindo no mais alto nível. Ultrapassou o ministério, que chegou no seu limite de negociação, subiu para o nível do governo, que está tratando com o Congresso“, comentou.

O ministro referiu-se ao projeto de lei de autoria de Rodrigo Pacheco, avalizado pelo Senado, que autoriza União, estados, o Distrito Federal e municípios a assumirem a responsabilidade por eventuais efeitos adversos de vacinas chanceladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa. A iniciativa era uma exigência de Pfizer e Janssen.

Pazuello disse que a imunização tende à “estabilidade em termos de produção e quantidade de doses” e repetiu que espera inocular toda a “população vacinável” até o fim do ano. Na concepção do ministro, cerca de 170 milhões de pessoas encaixam-se nesse grupo.

Quando falo de população vacinável, lembro que crianças de 0 a 18 anos ainda não são vacinadas com essa vacina. Pessoas imunodeprimidas, mulheres grávidas, pessoas com comorbidades graves. Tem pessoas que não podem ainda ser vacinadas. Ainda pode ter alguns que não são voluntários. Então, quando você soma todos esse conjunto, vê que o número é menor que 210 milhões. Vamos para 170 milhões, 160 milhões.”

De acordo com o ministro, para além da vacinação, União, estados e municípios investirão no atendimento imediato de pacientes com sintomas de Covid-19, a partir de unidades básicas de saúde, e na estruturação da capacidade de leitos, tanto clínicos quanto de UTI, o que abarca desde recursos humanos à estrutura de oxigênio.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO