Paulo Marinho quer restringir perícia em celular somente a mensagens trocadas com Flávio
O empresário Paulo Marinho (foto), do PSDB, pediu ao ministro do STF Celso de Mello que somente suas mensagens trocadas com o senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente, e com seu assessor, o coronel Miguel Ângelo Braga Grillo, sejam extraídas de seu celular para perícia da Polícia Federal. Marinho prestou depoimento no inquérito do...
O empresário Paulo Marinho (foto), do PSDB, pediu ao ministro do STF Celso de Mello que somente suas mensagens trocadas com o senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente, e com seu assessor, o coronel Miguel Ângelo Braga Grillo, sejam extraídas de seu celular para perícia da Polícia Federal.
Marinho prestou depoimento no inquérito do Supremo Tribunal Federal que investiga o presidente Jair Bolsonaro. Antes, teceu esclarecimentos sobre suposto vazamento da Operação Furna da Onça.
Por meio de seus advogados, Marinho disse ao ministro Celso de Mello que citou, em seu depoimento à PF, uma troca de mensagens com o parlamentar e seu homem de confiança. O empresário entregou seu celular aos investigadores. As mensagens com Flávio seriam pertinentes às investigações.
Apesar de pedir que só parte do conteúdo de seu celular seja analisada, em seu depoimento no dia 26, o empresário assinou um termo em que autorizava "acesso aos dados de nuvem" de seus e-mails, e também de seu celular, entre outubro de 2018 e a data de suas explicações à PF.
As declarações permanecem em sigilo. O empresário relatou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que Flávio, então deputado estadual, lhe contou que soube da operação de forma antecipada e que foi alertado sobre a identificação de movimentações atípicas nas contas de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor, indicando a prática de “rachid” — devolução de parte do salário pelos funcionários.
Ao ministro Celso de Mello, Marinho afirmou, no entanto, que não abriu mão do sigilo de mensagens trocadas com seus familiares e amigos. "Enfim, não autorizou, o depoente, a exposição de sua intimidade/privacidade. Repise-se: ao autorizar que se tivesse acesso aos seus dados, tal não significou autorização de devassa em sua vida pessoal", argumentam seus advogados.
O empresário diz que "não desconfia" dos investigadores, mas faz o pedido "pelo excesso de zelo, notadamente em razão das notícias veiculadas na mídia, alertando que está em curso verdadeira devassa ilegal em sua vida".
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