'Assunto encerrado no Congresso', diz Lira sobre voto impresso
Diante da tensão entre o Planalto e o Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), disse nesta terça-feira, 17, que acredita que somente o Legislativo tem respeitado o princípio da "autocontenção". O deputado pregou o diálogo para que o país chegue a "um mínimo de normalidade" e não seja atrapalhado na "hora...
Diante da tensão entre o Planalto e o Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), disse nesta terça-feira, 17, que acredita que somente o Legislativo tem respeitado o princípio da "autocontenção". O deputado pregou o diálogo para que o país chegue a "um mínimo de normalidade" e não seja atrapalhado na "hora da retomada do crescimento".
Lira conversou com a imprensa ao chegar à Câmara. Questionado sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro de pedir o impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, o parlamentar declarou que "conversas acontecerão" ao longo dos próximos dias.
"Eu tenho falado repetidas vezes que é tempo de autocontenção de todos. Acho que, dentre todos os poderes, o que tem feito e permanecido realmente atento a essas regras é o Legislativo. Nós estamos trabalhando o tempo todo para que isso aconteça. As práticas de se propor esse ou aquele procedimento são da capacidade ou inerentes a qualquer poder, mas acho que, daqui para lá, as conversas acontecerão e nós vamos chegar a um mínimo de normalidade", afirmou.
Lira encerrou a entrevista ao ser indagado sobre a quebra de uma promessa feita a ele por Bolsonaro. O presidente da República havia assegurado que deixaria de atacar as urnas eletrônicas e levantar suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral após o plenário da Câmara tomar a decisão final sobre a proposta de Emenda à Constituição que previa a adoção do mecanismo adicional do voto impresso. "Você não vai tratar desse assunto, porque esse assunto está encerrado no Congresso", declarou, enquanto entrava no elevador.
Os presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco, e do STF, Luiz Fux, têm uma reunião agendada para esta quarta-feira, 18, para tratar da crise. Os dois tendem a buscar caminhos para apaziguar os ânimos -- hoje, enquanto Bolsonaro ataca ministros e o sistema eleitoral, o Judiciário reage com a abertura de investigações sobre o chefe do Planalto e sua base aliada.
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Comentários (2)
Waldemar
2021-08-21 09:25:27Acredito que o Gen.Mourão será mais sensato que JB. Mas a esquerda vai criar uma narrativa anacrônica, uma necrofilia ideológica sobre um militar no poder como em 1964.vai ser um inferno.Daqui pouco mais de um ano, teremos a chance de mudar, tendo aprendido que todos os discursos são peças de ilusão é uma vez eleitos, eles fazem tudo para seu benefício pessoal e do partido. Temos que acabar com os políticos profissionais e todo-poderoso parasitas da Nação.O povo quer trabalho, alimento e casa.
Jose
2021-08-17 18:21:04Já falei. Prende o Bozo que no outro dia a economia se recupera, os empregos voltam, a esperança volta e o Brasil passará por um longo processo de crescimento e recuperação da auto-estima. Nada mudará enquanto o Bozogenocida estiver no poder!