Pacotes de TV, internet e aluguéis: parlamentares gastaram R$ 13,6 milhões com escritórios em plena pandemia
Gabinetes bem equipados no Congresso Nacional não são as únicas estruturas à disposição de deputados federais e senadores. Eles têm direito, ainda, a escritórios de apoio à atividade parlamentar, geralmente instalados nos estados pelos quais foram eleitos. Para mantê-los, os congressistas usam o dinheiro do chamado "cotão", verba indenizatória destinada ao custeio de atividades do...
Gabinetes bem equipados no Congresso Nacional não são as únicas estruturas à disposição de deputados federais e senadores. Eles têm direito, ainda, a escritórios de apoio à atividade parlamentar, geralmente instalados nos estados pelos quais foram eleitos.
Para mantê-los, os congressistas usam o dinheiro do chamado "cotão", verba indenizatória destinada ao custeio de atividades do mandato. A grana pode ser aplicada em locação de espaços e móveis, condomínio, materiais de expediente e afins.
Ao longo dos seis primeiros meses do ano, ou seja, em plena pandemia, período em que, em tese, a maioria trabalhou remotamente e de casa, os congressistas pediram 13,6 milhões de reais em reembolso para a manutenção desses escritórios distribuídos pelo país, conforme levantamento realizado por Crusoé. O valor cresceu em relação ao ano passado, quando, no mesmo período, os dispêndios ficaram em 12,3 milhões de reais.
O campeão de gastos na Câmara é Túlio Gadêlha, do PDT, que deve concorrer à Prefeitura de Recife. O deputado torrou 89,9 mil reais com o escritório. O aluguel do imóvel, localizado na Rua Alfredo Fernandes, custou a maior fatia da despesa.
O montante ainda foi utilizado na locação de computadores, materiais de audiovisual, aparelhos de ar-condicionado e cadeiras, em licenças de softwares e no pagamento de contas de água, luz e IPTU.
No Senado, Roberto Rocha, do PSDB, lidera o ranking dos parlamentares que mais usaram dinheiro público em escritórios parlamentares. O tucano pediu reembolso de 84,1 mil reais no primeiro semestre de 2020. Do total, 36 mil reais destinaram-se ao aluguel de um imóvel em São Luís, no Maranhão.
Outros 35,1 mil reais foram empregados na vigilância do local. O pacote de internet custou 2,6 mil reais — as notas fiscais, contudo, não estão disponíveis no sistema do Senado e, por isso, não há detalhes sobre o plano. Além disso, Roberto direcionou 250 reais mensais ao monitoramento eletrônico do imóvel e para honrar despesas com luz e água.
Em alguns gabinetes, os gastos ainda envolvem itens de entretenimento. Valendo-se do Ato da Mesa Diretora da Câmara -- o responsável por disciplinar o "cotão" -- que permite a cobertura de despesas com TV a cabo e similares, o deputado Toninho Wandscheer, do PROS, pediu a restituição de 4,4 mil reais pelo pagamento mensal de um pacote da Claro que inclui canais, internet, serviços móveis e telefone.
Neste combo, ele contratou, por exemplo, o plano para TV "Seleção Mais HD Fidelidade" e, em separado, "Esportes Eletrônicos" e o "Premiere Futebol". Os serviços apenas de TV a cabo saem na média de 296 reais ao mês.
Ao todo, o parlamentar reembolsou 34,5 mil, valor que ainda contempla gastos com vagas de estacionamento, locação de notebooks, energia elétrica e cafeteiras.
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Comentários (9)
Bruno
2020-07-30 09:58:05O namorado da Fátima Bernardes é uma vergonha.
Sheila
2020-07-29 19:20:59Nos aqui tentando sobreviver e eles lá.. Não fizeram nenhum corte ou economia..
PEDRO
2020-07-29 16:47:47O namoradinho da ex do Bonner foi o que mais gastou..que vergonha, acho que foi para visitas ou manterem-se conectados dia e noite.
PEDRO
2020-07-29 16:45:20Esses são os representantes do povo..sugadores do dinheiro público, da sociedade, e se fossemos um país sério esses energúmenos deveriam ser cassados e nunca mais poderem candidatar-se a cargo político.
Sidney
2020-07-29 10:47:03Parafraseando o Boris Casoy, isso é uma vergonha!
Maria
2020-07-29 10:24:35a Crusoé poderia listar os parlamentares que exageram nós gastos?
Egídio
2020-07-29 09:57:01Cidadãos de países de Primeiro Mundo matam essas aberrações no ninho, pois sabem que o dinheiro que vai custear vagabundos sai do bolso deles, e em caso de mau uso vai faltar no custeio de Educação, Segurança, Saúde, etc., já que o dinheiro dos impostos servem para distribuir esses serviços de forma igualitária para todos. No Bananão lemos essas matérias e pensamos: paciência, é imoral mas não ilegal. Isso vai mudar? Não, pois a grande maioria gostaria mesmo é de estar no lugar deles.
Juarez
2020-07-29 09:53:55Essa gentalha não tem limite de garfar dinheiro do suado imposto do brasileiro otario sofrido.
Joel
2020-07-29 09:00:38Duvido que os deputados do Partido Novo fariam isso. Além disso eles não usam fundo partidário e fundo eleitoral. Quer acabar com essa excrescência? Em 2020 vote nos candidatos do NOVO.