Os chineses estão de olho no mercado de defesa do Brasil
Embora seja remotíssimo o risco de que EUA e Europa deixem o mercado de defesa brasileiro por causa das desastradas declarações de Lula sobre a guerra da Ucrânia, a China (foto) está muito atenta às possiblidades de negócio nessa área. Duas semanas atrás, dez empresas chinesas de equipamento militar, entre elas a gigante Norinco, participaram...
Embora seja remotíssimo o risco de que EUA e Europa deixem o mercado de defesa brasileiro por causa das desastradas declarações de Lula sobre a guerra da Ucrânia, a China (foto) está muito atenta às possiblidades de negócio nessa área. Duas semanas atrás, dez empresas chinesas de equipamento militar, entre elas a gigante Norinco, participaram da LAAD Defense and Security, a maior feira latino-americana de materiais de defesa, realizada no Rio de Janeiro.
"Nossa base industrial de defesa, apesar de ser a mais robusta da América do Sul, não produz diversos tipos de materiais, especialmente os de maior custo e de maior tecnologia agregada", explica o coronel da reserva Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, especialista no assunto. "Assim, o Brasil importa de caças [os Gripen suecos] a sistemas de defesa antiaérea, de carros de combate (tanques) a pontes táticas de engenharia, de mísseis a sistemas de comando e controle."
Gomes Filho afirma que a imensa maioria dos equipamentos militares brasileiros, das três Forças Armadas, é importada de países europeus e dos Estados Unidos. Outros países, incluindo a China, detêm atualmente uma fatia "muito diminuta" das compras. "Isso acontece por uma série de razões comerciais, técnicas, táticas, históricas e até mesmo culturais", afirma o coronel.
Além disso, o Brasil tradicionalmente serve de porta de entrada para materiais de emprego militar na América do Sul. "Isso está acontecendo com o Gripen: Peru e Colômbia passaram a ser potenciais clientes para os suecos após a aquisição brasileira. Outro exemplo é o blindado Guarani, fabricado pela italiana Iveco no Brasil, que deverá ser comprado pelos argentinos", diz Gomes Filho.
Foi de olho nesse mercado que a Norinco, sigla de China North Industries Corporation, apresentou ao Exército brasileiro em 2021 o ST1-BR (foto), seu modelo de viatura blindada de combate de cavalaria média sobre rodas. No final de 2022, a empresa chinesa perdeu a disputa para a italiana Iveco Defense Vehicles, mas foi uma das três concorrentes à escolha final ("short list") da Força.
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Comentários (2)
Comosempre
2023-04-24 10:38:20Achei que este governo seria de paz &amor e contra a guerra. Me enganei.
Renata
2023-04-23 14:43:01Vão dando corda…