Orçamento de 2021 aumenta verba para Defesa e assistência social, mas reduz para Meio Ambiente e Infraestrutura
O Orçamento de 2021 revela as novas prioridades do governo Jair Bolsonaro. Na Esplanada, o principal beneficiado pelo texto foi o Ministério da Cidadania, comandado por Onyx Lorenzoni (foto), que cuida do Bolsa Família. A verba reservada para a pasta saltou de 94,8 bilhões de reais para 104,2 bilhões de reais, em um aumento de cerca...
O Orçamento de 2021 revela as novas prioridades do governo Jair Bolsonaro. Na Esplanada, o principal beneficiado pelo texto foi o Ministério da Cidadania, comandado por Onyx Lorenzoni (foto), que cuida do Bolsa Família. A verba reservada para a pasta saltou de 94,8 bilhões de reais para 104,2 bilhões de reais, em um aumento de cerca de 10% entre 2020 e 2021.
O orçamento do órgão não contempla o Renda Brasil. Mas, segundo o Ministério da Economia, nada impede uma futura alteração. No ano que vem, o Bolsa Família, que deve ser absorvido pelo novo programa, terá 34,9 bilhões de reais -- mais do que os 29,4 bilhões de reais deste ano. Com a cifra, o governo espera atender 15,2 milhões de famílias.
"O aumento que se dá no Ministério da Cidadania de um ano para o outro é, fundamentalmente, pelo Bolsa Família", disse o secretário de Orçamento Federal, George Soares. "Por uma questão socioeconômica, devido à pandemia, se prevê que tenhamos um crescimento das famílias que entram nos critérios de admissibilidade do programa", completou.
A comparação de valores baseia-se na previsão de despesas obrigatórias e discricionárias fixadas nos projetos de Lei Orçamentária de 2020 e 2021. A verba total à disposição de cada pasta, no entanto, pode mudar durante a tramitação no Congresso Nacional, onde os parlamentares direcionam emendas e fazem remanejamentos.
O orçamento do próximo ano ainda prevê uma alta nos cofres do Ministério da Defesa. O valor direcionado será de 116,1 bilhões de reais em 2021, ante os 113,9 bilhões de reais previstos no PLOA deste ano -- ou seja, haverá ampliação de 2,2 bilhões de reais nos recursos.
Na Saúde e na Educação, os aumentos mostram-se ligeiramente maiores. No ano seguinte à maior crise sanitária do país, a pasta comandada interinamente por Eduardo Pazuello terá 136,7 bilhões de reais, mais do que os 134,2 bilhões de reais inicialmente reservados em 2020 -- um crescimento de 2,5 bilhões de reais.
No órgão dirigido pelo pastor Milton Ribeiro, o orçamento para o financiamento do sistema educacional pulou de 142,1 bilhões de reais para 144,5 bilhões de reais -- uma diferença de cerca de 2,4 bilhões de reais.
Na outra ponta, a provisão de recursos pode cair no Ministério da Infraestrutura. Pelo PLOA, o valor previsto para a pasta sai de 26,9 bilhões de reais em 2020 para 24,6 bilhões de reais no próximo ano. Por meio da assessoria, a pasta ressaltou, no entanto, que houve aumento do orçamento discricionário -- a fatia na qual o gestor tem liberdade para manejar, como investimentos e gastos com custeio. Essa parte dos recursos subirá de 7,9 bilhões de reais para 8,1 bilhões de reais.
A queda nas despesas totais repete-se no Ministério do Desenvolvimento Regional, cujo orçamento encolheu de 25 bilhões de reais para 24,1 bilhões de reais nos projetos. Já o Ministério do Meio Ambiente, responsável por ações de fiscalização para coibir crimes ambientais e por operações de combate a incêndios e desmatamento, estima-se a redução dos recursos à disposição de Ricardo Salles de 3,1 bilhão de reais, conforme o projeto de 2020, para 2,9 bilhões de reais em 2021.
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Comentários (4)
José
2020-09-01 18:34:55Eta paiseco. Vai continuar sendo o país de futuro, só que nunca vai chegar
Odete6
2020-09-01 05:46:13A gente se sente tentada a ficar feliz com aumento de recursos pra pastas relevantes mas, dá um frio na espinha quando, caindo na real, nos lembramos das razões eleitoreiras do escoamento das verbas no ralos dos propinodutos pra comprar "politiquelhos" diversos e, sem fiscalização suficiente, porque não há fisco que dê conta de tanto marginal!!!
Jose
2020-08-31 21:04:54Abriram a porteira para duas coisas: aumentar o populismo bozista e aumentar a degradação ambiental causada pelos Bozistas Bozistas, vocês são um desastre para a humanidade!
Analfabento
2020-08-31 20:45:27Bolsonaro nocauteou os jornalistas no terceiro round.