Opositor e ativistas foram sequestrados por Maduro, diz María Corina
Líder do partido Primero Justicia foi capturado pelo regime chavista após meses foragido

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, acusou a ditadura de Nicolás Maduro de sequestrar mais de 50 pessoas em todo o país.
A opositora afirmou terem sido presos líderes políticos, sociais, defensores de direitos humanos, jornalistas e ativistas.
Entre eles, o coordenador do partido político Primeiro Justicia, Juan Pablo Guanipa.
Desde 2016, Guanipa é perseguido pelo regime chavista.
"ALERTA MUNDIAL
O regime criminoso de Nicolás Maduro acaba de sequestrar Juan Pablo Guanipa e mais de 50 outros líderes políticos e sociais, defensores dos direitos humanos, jornalistas e ativistas em um ataque violento por todo o país.
Isto é puro e simples TERRORISMO DE ESTADO. Juan Pablo Guanipa é um homem valente e INTEGRIDADE. Ele é meu parceiro e meu irmão. Ele é um exemplo para todos os cidadãos e líderes políticos, dentro e fora da Venezuela.
Venezuelanos, deixem isso claro: ISTO NÃO É EM VÃO, nós derrubaremos esse regime!
A Juan Pablo e a todos os nossos companheiros presos: CADA momento de nossas vidas é dedicado a alcançar a sua liberdade e a de toda a Venezuela.
Juan Pablo disse, isto é ATÉ O FIM. A Venezuela SERÁ LIVRE!", publicou Corina no X.
Clandestinidade
Em postagem no X, Guanipa admitiu ter sido sequestrado.
Desde a fraude eleitoral em julho do ano passado, o opositor estava escondido por motivos de segurança.
Ele deixou um vídeo gravado com uma mensagem aos venezuelanos.
"Irmãos, se vocês estão lendo isso, é porque fui sequestrado pelas forças do regime de Nicolás Maduro. Durante meses, eu, como muitos venezuelanos, fiquei escondido para manter minha segurança. Infelizmente, meu tempo no abrigo chegou ao fim. A partir de hoje, faço parte da lista de venezuelanos sequestrados pela ditadura. Este é um sequestro motivado por um único motivo: o medo do regime do povo venezuelano. O medo da ditadura do espírito dos dias 28 e 29 de julho", diz trecho da postagem.
Segundo Guanipa, o regime chavista "conseguiu uma vitória" ao sequestrá-lo, porém, a "vitória final" será do povo venezuelano.
"É por isso que eles sequestram e intimidam. Só lhes resta o medo. A Venezuela se tornou grande demais para eles, e eles estão usando a brutalidade e a crueldade como escudo para permanecer no poder. Durante esses meses na clandestinidade, que terminam hoje, as imagens dos venezuelanos defendendo seus votos em 28 de julho contra as hordas do regime e os vídeos do povo venezuelano em rebelião em 29 de julho alimentaram minha determinação de continuar lutando. E essa coragem será a mesma que espero que me mantenha firme nessa nova etapa de luta.
Embora o regime hoje obtenha uma “vitória” (como se sequestrar um venezuelano fosse uma grande tarefa, estou mais certo do que nunca de que a vitória final será nossa, o povo venezuelano. Não tenho certeza do que acontecerá comigo nas próximas horas, dias e semanas. Mas tenho certeza de que venceremos a longa luta contra a ditadura. Em breve chegará o dia em que estaremos correndo pelas ruas, não fugindo da repressão, mas abraçando e celebrando a liberdade", afirmou.
No ano passado, a CIDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos) concedeu medidas cautelares ao opositor.
O órgão considerou que as forças de Maduro ofereciam risco à vida e integridade física dele e de sua família.
Em setembro, o irmão de Guanipa foi sequestrado pelo regime.
"O beneficiário faz parte da oposição na Venezuela e tem sido alvo de intimidações, assédios e agressões, pelo menos, desde 2016. Após as eleições presidenciais de julho de 2024, foi alegado que ele sofreu perseguição por motos, nos dias 3 e 28 de agosto de 2024, por agentes do SEBIN. O assédio teria se estendido a membros de sua família, resultando no fechamento de negócios familiares, cerco à sua residência e anulação de passaportes", diz trecho do comunicado.
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