Oposição decide participar das eleições na Venezuela, apesar de não serem 'justas ou convencionais'
A oposição venezuelana anunciou nesta terça, 31, que participará das eleições regionais para prefeitos e governadores marcadas para 21 de novembro. A declaração marca uma mudança de atitude. Em 2018, a grande maioria dos partidos de oposição desistiu de participar das eleições presidenciais organizadas pelo ditador Nicolás Maduro. Naquele ano, a Mesa de Unidade Democrática, MUD, uma...
A oposição venezuelana anunciou nesta terça, 31, que participará das eleições regionais para prefeitos e governadores marcadas para 21 de novembro. A declaração marca uma mudança de atitude. Em 2018, a grande maioria dos partidos de oposição desistiu de participar das eleições presidenciais organizadas pelo ditador Nicolás Maduro. Naquele ano, a Mesa de Unidade Democrática, MUD, uma coalizão de partidos, afirmou que o pleito era "apenas um show do próprio governo para aparentar uma legitimidade que não existe".
Agora, os partidos de oposição divulgaram que participarão das eleições sob a mesma legenda da MUD. Alguns pré-candidatos, como Tomás Guanipa (foto), do partido Primeiro Justiça, têm publicado fotos nas redes sociais fazendo campanha por bairros na Venezuela.
"Sabemos que essas eleições não serão justas ou convencionais. A ditadura impôs graves obstáculos que colocam em risco o desejo de mudança do povo venezuelano. No entanto, entendemos que as eleições serão um campo de batalha útil para fortalecer a cidadania e promover a verdadeira solução para a grave crise em nosso país: eleições presidenciais e legislativas livres. Nos organizaremos, nos mobilizaremos e nos fortaleceremos na unidade a serviço da reinstitucionalização democrática da Venezuela", diz o comunicado da MUD.
A MUD também afirmou que o objetivo é complementar os esforços para negociar com representantes da ditadura no México. No dia 3 de setembro serão retomadas as conversas da quinta rodada de negociação entre as duas partes. Até agora, essas rodadas foram apenas usadas pelo governo para deslegitimar a oposição e ganhar tempo. Este ano, membros da oposição, incluindo o presidente interino Juan Guaidó, têm se mostrado um pouco otimistas com o processo nas redes sociais.
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Comentários (2)
Eduardo
2021-09-01 10:37:12Todo mundo é centrão na nossa américa latrina.
MARCOS
2021-08-31 20:59:36VAI LEGITIMAR A DITADURA.