Oposição apresenta pedido para destituir presidente interino da Coreia do Sul
Partido Democrático (PD) alega que Han Duck-Soo tenta beneficiar Yoon Suk Yeol no Tribunal Constitucional
O Partido Democrático (PD) da Coreia do Sul apresentou um pedido de destituição do presidente interino, Han Duck-Soo, nesta quinta, 26.
A moção preparada pela oposição, que será votada pela Assembleia Nacional, ocorre após Duck-Soo recusar-se a nomear juízes para o Tribunal Constitucional:
"Apresentamos a moção pouco antes da sessão plenária", afirmou o deputado Park Sung-joon a jornalistas.
O PD havia dado o prazo de até segunda-feira, 22, para o presidente nomear juízes ao Tribunal Constitucional.
Será nesta Corte em que o antecessor, Yoon Suk-yeol, terá o processo de destituição analisado.
De acordo com a oposição, a ocupação dos três lugares vagos no Tribunal Constitucional poderiam agilizar o processo de destituição de Yoon.
Para que seja concretizado, seis dos nove membros da Corte devem ser favoráveis.
Alegação
A oposição alega que Han Duck-Soo estaria beneficiando o antecessor ao dizer que não nomearia novos juízes até que o PD e o Partido Popular (PPP), e situação, chegassem a um acordo.
O PD pretende nomear dois integrantes.
Por outro lado, o PPP entende que cada partido deve nomear um candidato e que o terceiro nome seja definido em consenso.
Han Duck-Soo afirmou que "é necessário primeiro um consenso na Assembleia Nacional".
Crise política
A crise ganhou novo capítulo no sábado, quando parlamentares sul-coreanos aprovaram o impeachment de Yoon .
O afastamento foi validado por 204 votos a favor e 85 contra, superando o mínimo de 200 votos necessários no Parlamento de 300 assentos.
Três deputados se abstiveram, e oito votos foram anulados.
O Tribunal Constitucional tem até 180 dias para decidir se o impeachment será validado, o que levaria à convocação de novas eleições presidenciais.
Lei Marcial
Em novembro, o presidente Yoon declarou lei marcial abruptamente.
O dispositivo, que substitui a legislação civil por normas militares, incluía o fechamento do Parlamento e controle sobre a imprensa.
A medida, contudo, foi rapidamente revogada em apenas seis horas.
A população e o Parlamentou posicionaram-se contra.
Após os incidentes, Yoon pediu desculpas à nação.
Ele justificou como um "ato de desespero", em meio à resistência de parlamentar às suas pautas.
Yoon, porém, não renunciou ao cargo.
Os eventos provocaram manifestações massivas em Seul contra o governo de Yoon Suk Yeol. Milhares protestaram diante do Parlamento exigindo sua saída.
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