Moreira Mariz/Agência Senado

Operação da PF mira uso de supermercado para propina a senador

22.02.19 12:45

A operação Compensação, realizada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 22, apura a suspeita de que o senador Ciro Nogueira (foto), do PP do Piauí, usava um supermercado como forma de receber propina em dinheiro vivo.

A investigação foi iniciada a partir da delação do empresário Joesley Batista, do frigorífico JBS. Ele contou à Procuradoria-Geral da República do total de 42 milhões de reais que pagou ao senador, 5 milhões de reais em dinheiro vivo foram repassados por pagamentos a um supermercado em Teresina. Em troca, Ciro Nogueira garantiu apoio político do PP ao PT na campanha eleitoral em 2014.

A principal suspeita da Polícia Federal é de que a JBS simulava negócios com o supermercado, que repassava o dinheiro em espécie para um irmão do senador.

A operação contou com o apoio de auditores da Receita. Crusoé apurou que investigadores suspeitam de movimentações financeiras que Ciro e parentes fizeram com dinheiro vivo na mesma época dos repasses da JBS ao estabelecimento comercial da capital do Piauí. Um exemplo é o pagamento em espécie de cerca de 400 mil reais como custas de um processo de inventário da família.

Na operação de hoje, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Ciro Nogueira. O supermercado colabora com as investigações e, por isso, não foi alvo dos agentes. A autorização para a operação foi da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. Em nota, a defesa de Ciro Nogueira classificou a operação de “direito penal do espetáculo”.

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