O voto fiel ao partido de Evo Morales e a desunião dos seus rivais
A primeira pesquisa eleitoral da Bolívia mostra o candidato lançado pelo ex-presidente Evo Morales, Luis Arce (foto), do Movimento ao Socialismo (MAS), na liderança, com 31% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Carlos Mesa, do Comunidade Cidadã (CC), com 17%, e a atual presidente, Jeanine Añez, da coalizão Juntos e Acreditamos, com 16%. "Os 31%...
A primeira pesquisa eleitoral da Bolívia mostra o candidato lançado pelo ex-presidente Evo Morales, Luis Arce (foto), do Movimento ao Socialismo (MAS), na liderança, com 31% das intenções de voto.
Em seguida, aparecem Carlos Mesa, do Comunidade Cidadã (CC), com 17%, e a atual presidente, Jeanine Añez, da coalizão Juntos e Acreditamos, com 16%.
"Os 31% de Luis Arce refletem o 'voto duro' ao Movimento ao Socialismo. Esse número mostra que a saída de Evo Morales do país não afastou os eleitores mais fiéis", diz o cientista político boliviano Renzo Abruzzese.
O dado mais relevante da pesquisa está na fragmentação dos partidos que fazem oposição ao MAS. "Um candidato único do bloco democrático ganharia do MAS por uma vantagem de mais de 21 pontos percentuais, o que asseguraria uma vitória no primeiro turno e uma maioria parlamentar", diz Abruzzese.
Contudo, uma união entre os grupos de Carlos Mesa e de Jeanine Añez, segundo Abruzzese, seria quase um milagre. "O problema é que essas duas forças têm projetos opostos. Comunidade Cidadã, de Carlos Mesa, representa as classes médias do ocidente (altiplano boliviano). Juntos e Acreditamos, de Jeanine Añez, encarna os projetos das empresas da burguesia agroindustrial e comercial do oriente (mais próximos do Brasil). É uma situação muito complicada", diz Abruzzese.
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Comentários (8)
JULIO
2020-02-18 07:57:51Parece que a maioria dos bolivianos está se posicionando oficialmente a favor da corrupção, do autoritarismo, de regime não democrático, que sempre escravizou a população. Isso mostra claramente as consequências que a estrutura de poder implantada por esse tipo de governo é capaz. Ao submeter a população carente , ao envolvê-la em esquemas de corrupção, tráfico e produção de drogas, ...ficou claro que o padrão de vida dos bolivianos não melhorou assim como, não há perspectivas favoráveis.
Rafael
2020-02-17 21:47:22O Brasil precisa se posicionar: se votarem na esquerda de novo, paramos de comprar gás e bombardeamos a refinaria que nos tomaram. Chega de sermos frouxos!
Ophir
2020-02-17 18:13:04Mesmo dando golpe os bozolivianos não conseguem derrotar a esquerda. Direita é burra e meSequinha. Vai precisar dar outro golpe
Márcia
2020-02-17 17:42:09Direita burra da Bolívia.
Vicente Peget
2020-02-17 17:15:27Do jeito que as coisas estão indo, cedo ou tarde haverá uma secessão na Bolívia. A parte ocidental (santa Cruz) não vai mais aceitar Evo Morales ou seus postes. É provável que haja guerra civil. E os bolivarianos da Venezuela e Argentina vão jogar gasolina na fogueira.
Uira
2020-02-17 17:00:25Se ficasse um CANDIDATO contra o HOMEM DE EVO, a VITÓRIA estaria certa, mas a eleição é em maio, o que significa que o CANDIDATO com MAIS APELO e as PROPOSTAS que vão ao encontro dos ANSEIOS POPULARES teria chance de se impor. Sendo assim, haveria um AFUNILAMENTO NATURAL e o VOTO ÚTIL se imporia.
Uira
2020-02-17 16:56:07Por enquanto seria o treino classificatório, cada um buscando se posicionar no grid. Quando se aproximarem as eleições, ou seja, a corrida presidencial, com as posições já definidas, fica mais fácil estabelecer quem deve sair da disputa, ficando a questão de quem o DESISTENTE vai apoiar. Por exemplo, se Camacho for sair da disputa, ele teria o PODER DE BARGANHA para negociar quem apoiaria: Añez ou Mesa. Se as posições se inverterem, o mesmo valeria para qq DESISTENTE.
Arthur P.
2020-02-17 16:34:29O câncer esquerdista custa a arrefecer nos organismos em que se instala. Cirurgia às vezes é necessária.