Comitê Olímpico Guatemalteco via InstagramAdriana Ruano olha a primeira — e até agora única — medalha de outro da história da Guatemala

O terço esquecido das olimpíadas

04.08.24 10:07

Adriana Ruano (foto) protagonizou uma das histórias mais bonitas dos Jogos Olímpicos de Paris até o momento. Prestes a competir na ginástica artística em Londres 2012, ela descobriu lesões que a impediram de continuar na carreira, fazendo com que participasse dos jogos do Rio-2016 como voluntária. Agora, é medalha de ouro em um esporte totalmente diferente: o tiro esportivo, modalidade que ela começou a treinar logo após se aposentar da ginástica.

Ruano também é a primeira medalhista de ouro da Guatemala, que apenas agora deixou a lista de (atualmente) 37 países que jamais ganharam uma medalha de ouro. Quando a lista se estende a qualquer medalha, são 69 países que jamais estiveram em algum pódio olímpico — um terço das 206 nações que estão em Paris vivem do bordão “o importante é competir”.

Às vezes, países com participações constantes nos Jogos Olímpicos saem constantemente de mãos vazias — o Paraguai só tem até hoje uma prata, após ter perdido para Argentina na final do futebol em Atenas-2004. Outras nações, em sua maioria da África e Oceania, permanecem sem nem jamais ter visto sua bandeira tremular em premiações olímpicas.

Pouco a pouco, esta rotina muda. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, três anos atrás, três países deixaram a lista: Burkina Faso ganhou um bronze no salto triplo, San Marino teve uma prata e dois bronzes no trio e na luta greco-romana, enquanto Turcomenistão levou uma prata no levantamento de peso. Bermuda, Filipinas e Catar levaram seus primeiros ouros nos jogos de 2020.

Em 2016, durante as olimpíadas do Rio, oito países ganharam suas primeiras medalhas de ouro — Fiji, um conjunto de ilhas na Oceania, se sagrou campeã do Rugby de sete. Até esta sexta-feira, haviam cerca de 220 medalhas em disputa, que deverão ser entregues até a cerimônia de encerramento no dia 11, quando se conhecerão os vencedores da maratona masculina. Até lá, as chances estão abertas a mais de 60 países em fazer  próprias histórias.

 

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  1. Bem interessante este ponto que você levanta. Particularmente gosto muito de ver quando países de pouca expressão conseguem medalhas, especialmente quando estão lutando contra os maiores e muito bem estruturados como EUA, Rússia e China.

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