O secretismo do plano de segurança de El Salvador
No domingo, 9, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, enviou militares e policiais para o Congresso (foto) com o objetivo de pressionar os deputados a aprovar uma verba extra de 109 milhões de dólares para a terceira fase de seu programa de segurança, batizado de Plano de Controle Territorial. "Uma das preocupações das organizações...
No domingo, 9, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, enviou militares e policiais para o Congresso (foto) com o objetivo de pressionar os deputados a aprovar uma verba extra de 109 milhões de dólares para a terceira fase de seu programa de segurança, batizado de Plano de Controle Territorial.
"Uma das preocupações das organizações internacionais e de direitos humanos é que os detalhes desse plano de segurança não foram revelados. Não sabemos qual é o seu alcance, sua estratégia e se está ou não de acordo com a normativa internacional de direitos humanos", diz a advogada salvadorenha Astrid Valencia, pesquisadora da Anistia Internacional para a América Central.
Além do secretismo, dúvidas foram levantadas sobre o momento do pedido de verba extra. Não se sabe por que o montante não foi incluído no orçamento, que foi aprovado pelo Congresso, de maioria opositora, no começo do ano. "A impressão é de que ele está procurando uma desculpa para um autogolpe", diz o cientista político salvadorenho Luis Eduardo Aguilar Vasquez, professor da Universidade Centroamericana, em San Salvador. "Com essas atitudes, Bukele mostrou ser uma pessoa instável, caprichosa e egocêntrica. Não há como prever o que ele poderá fazer nos próximos dias."
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Comentários (1)
Observador
2020-02-11 23:23:43MDezenas de militares com fuzil no plenário. Ditadura? Queisso!!!