'O que se pretende é uma verdadeira devassa', diz Lava Jato do Rio sobre repasse de dados à PGR
A força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro pediu nesta segunda-feira, 24, que o Supremo Tribunal Federal mantenha a decisão do ministro Edson Fachin que revogou uma liminar concedida pelo presidente da corte, Dias Toffoli, e barrou o compartilhamento da base de dados da operação com a Procuradoria-Geral da República. "O que se pretende é uma...
A força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro pediu nesta segunda-feira, 24, que o Supremo Tribunal Federal mantenha a decisão do ministro Edson Fachin que revogou uma liminar concedida pelo presidente da corte, Dias Toffoli, e barrou o compartilhamento da base de dados da operação com a Procuradoria-Geral da República. "O que se pretende é uma verdadeira devassa", declararam os procuradores.
A equipe fluminense sustentou que as informações não poderiam ser requeridas pela PGR e argumentou que os dados estão resguardados por sigilo judicial. "A pretensão da Procuradoria-Geral da República, na forma em que manifestada, é incompatível com o desenho constitucional do Ministério Público, com as garantias constitucionais dos investigados e com a própria jurisprudência do Supremo”, pontuou.
A força-tarefa acrescentou que, no ofício em que pediu acesso aos arquivos, a PGR não descreveu a finalidade e a justificativa para o compartilhamento, informação que, segundo a Lava Jato, seria fundamental para que a operação pedisse autorização à Justiça.
"O compartilhamento de informações e elementos probatórios pretendido pela PGR é genérico, não tem fundamento em nenhum, simplesmente nenhum fato concreto, abrange inclusive informações futuras, e compreende, ainda, muito mais do que apenas informações bancárias e fiscais (as bases de dados da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro armazenam interceptações telefônicas, telemáticas, discos rígidos de computadores etc.)."
Além disso, a defesa dos procuradores argumentou que as forças-tarefa são submetidas a procedimentos administrativos de fiscalização de suas atuações funcionais e que, portanto, não há uma "caixa de segredos", como sugeriu Augusto Aras (foto). De acordo com os advogados, seria uma expressão “imprópria, infeliz e que não condiz com a dignidade do Ministério Público, em quaisquer de seus ramos”.
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Comentários (10)
Marilia
2020-08-25 17:19:43Que absurdo!
Francisco
2020-08-25 14:44:10Querem montar um Estado-Policial.
Waldir
2020-08-25 12:02:54Qualquer fracasso administrativo, tendo compomo-nos de partida o reino do dendê, passa longe de surpreender.
Almino
2020-08-25 10:15:08Querem que as informações venham para as mãos do " afinados".
Volf MS
2020-08-25 08:16:10É o atual Pr em esforço conjunto com PT, PSDB, PP e demais partidos para detonar a Lava Jato. Só não vê quem não quer.
Clovis
2020-08-25 07:33:18SUGIRO A CRIAÇÃO DO PAINEL "CORRUPTÔMETRO" . Nomes de políticos réus, condenados e respectivos crimes.
Marcos
2020-08-25 07:14:31Não alimentem esperanças nesse STF, que aí está. Tradicionalmente têm mantidos soltos os bandidos ricos condenados, que com seus roubos conseguem pagar grandes bancas de advogados, como a daquele que vai ao STF de bermuda.
Marcos
2020-08-25 07:10:20No fundo o que Aras e seus chefes pretendem, é conseguir provas, que incriminem os “mocinhos” e inocentem os “bandidos”, que veem sendo condenados em mais de uma Instância.
IAS
2020-08-25 06:47:51É um espanto o que se evidencia com a abertura das “Caixas de PandAras”. Coisa Mito-lógica.
Sillvia2
2020-08-24 23:02:24Por incrível que pareça, ao povo decente do Brasil 🇧🇷 só resta ter esperança na atuação do STF para impedir a devassa que essa banda podre quer fazer na Lava Jato...