O que pode definir a votação sobre o aborto no Senado argentino
O Senado da Argentina (foto) votará no próximo dia 29 de dezembro a legalização da interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação. O projeto já passou pela Câmara dos Deputados. O placar, por enquanto, está apertado: 35 senadores contra e 33 a favor. Três senadores permanecem indecisos. "Ainda não está claro se o...
O Senado da Argentina (foto) votará no próximo dia 29 de dezembro a legalização da interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação. O projeto já passou pela Câmara dos Deputados.
O placar, por enquanto, está apertado: 35 senadores contra e 33 a favor. Três senadores permanecem indecisos. "Ainda não está claro se o projeto será aprovado ou não, porque podem ocorrer mudanças de última hora", diz o cientista político argentino Julio Burdman, de Buenos Aires.
Há pouco mais de dois anos, um projeto semelhante foi rejeitado no Senado por uma margem um pouco maior: 38 votos contra e 31 a favor. Daquela vez, quem levou a questão para o Congresso foi o presidente Mauricio Macri, que pessoalmente é contra o aborto. Mas Macri deixou que os membros de sua coalizão votassem livremente, de acordo com suas opiniões pessoais.
Agora, o responsável por enviar o projeto ao Congresso foi o presidente Alberto Fernández, que é a favor do aborto. Repetindo o comportamento de Macri, ele também liberou os integrantes de sua coalizão a votar de forma independente.
"O que determina o voto não é o partido de cada um. Tanto na situação como na oposição há setores católicos que são contra a legalização", diz Burdman. "Mais importante é observar a província de onde são os senadores. Normalmente, aqueles que são do norte do país são mais conservadores. Os que são de cidades maiores são a favor do aborto".
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Comentários (8)
Elizabeth
2020-12-22 15:34:45A questão não é ser ou não ser a favor do aborto, mas ser ou não ser a favor do livre arbítrio da mulher. Pessoalmente, sou contra o aborto, mas o direito de escolha com base no livre arbítrio, é um princípio sagrado
Fernao
2020-12-20 19:22:34Aborto legal só pras situações já aprovadas em lei no Brasil e Argentina
Moyses
2020-12-20 11:00:09É um crime. Gerou por prazer e depois mata. Seja 14 ou 4. A criança foi gerada!
KEDMA
2020-12-20 08:29:29Sou contra o aborto, apesar de não terem me perguntado.
Vald
2020-12-19 19:12:43Plagiando a Glória Pires, não me sinto capaz de opinar.
Patricia
2020-12-19 17:27:02Engraçado que a bandeira das feministas e o aborto. A mulher para ser independente precisa de educação/escolaridade e trabalho. E se ela tiver tudo isso, nunca vai engravidar sem querer nem sofrer abuso em silêncio. Mas os interesses por trás dessa luta feminista são outros, como sempre massa manipulada. E juristas que se preparem porque o aborto sendo permitido, homens vão brigar pelo filho morto. Nem sempre por amor a criança, claro. Mas será um direito deles.
Dalila
2020-12-19 16:53:11Sou contra o aborto
Jorge
2020-12-19 14:18:34Aborto sempre deveria ter sido livre. Foi livre por boa parte da história. É como posse de arma: ser contra usar é diferente de proibir que outros usem.