O que pensa Juan Gonzalez, escolhido de Biden para a América Latina
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta, 8, os integrantes do seu Conselho Nacional de Segurança. Para o cargo de diretor sênior para o Hemisfério Ocidental, que inclui a América Latina, ele nomeou o colombiano Juan Gonzalez (foto). Gonzalez, que já ocupou o segundo cargo na diretoria do Hemisfério Ocidental no...
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta, 8, os integrantes do seu Conselho Nacional de Segurança. Para o cargo de diretor sênior para o Hemisfério Ocidental, que inclui a América Latina, ele nomeou o colombiano Juan Gonzalez (foto).
Gonzalez, que já ocupou o segundo cargo na diretoria do Hemisfério Ocidental no governo de Barack Obama e foi conselheiro especial de Joe Biden, se preocupa com o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Em entrevistas, ele já disse que se importar com a questão climática será um pré-requisito para que os líderes da região desenvolvam uma boa relação com a Casa Branca. "Qualquer pessoa, no Brasil ou em qualquer outro lugar, que pensa que pode promover um relacionamento ambicioso com os Estados Unidos enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos claramente não tem ouvido Joe Biden durante a campanha", disse.
Em um artigo publicado na revista Americas Quarterly antes da eleição de novembro, Gonzalez deu mostras de como a relação com a América Latina pode mudar após a saída de Trump. “A abordagem do atual governo para a América Latina é feita a partir de Miami e suas políticas só podem ser entendidas pelo prisma distorcido da política do sul da Flórida. Trump não pode vencer a reeleição sem a Flórida e sua administração pensa que pode capitalizar politicamente a raiva e o sofrimento dos eleitores cubanos e venezuelanos, sem se importar com o que acontece em seus países”, escreveu Gonzalez.
Na área de economia, o colombiano deve seguir um dos objetivos já traçados pelo governo de Donald Trump, que é o de tentar transferir para a região fábricas de empresas americanas que hoje estão na China. "Muitos dos fabricantes americanos preferem as cadeias de suprimentos que eles têm em países da América Latina", disse ele ao jornal Financial Times. Gonzalez argumenta que, para melhorar a competitividade da região, é preciso "combater a corrupção, tornar o governo mais transparente, garantir uma coerência regulatória e investir em capital humano".
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Comentários (9)
Ademir
2021-01-10 09:56:27vixi o brazil está fora das premissas ou pré-requisitos para negociar com o norte, combate a corrupção, transparência, seriedade das instituiçôes, capaz até de a Venezuela, Cuba estarem melhores posicionadas.
PAULO
2021-01-09 14:07:04O Brasil e suas Relações Exteriores. Arruma intriga gratuita com a China, nosso maior parceiro comercial. Não tem influência internacional para usar o soft power e nem estatura militar para usar o hard power. Mas podemos deixar de importar produtos da China. Agravaria nossa inflação. Podemos parar de exportar. Aumentaria o desemprego Os chineses foram capazes de domesticar ratos para se alimentarem. Alguém tem dúvida que é um povo resiliente? Com a China, mais pragmatismo, menos ideologia.
Aguia
2021-01-09 12:28:11Calhordas, como agora ficou provado, escancaradamente, pelo Trump, precisam ser derrubados ANTES que cometam atrocidades. Quanto mais tempo ficarem no poder, mais absurdos - alguns até irreversíveis - tais sociopatas cometerão,
Roberto
2021-01-09 10:10:31Espero que o governo Biden cumpra o compromisso de cuidar do meio ambiente e faça todas as pressões econômicas contra governos que não cuidam do meio ambiente e contra governantes corruptos. Só assim o Brasil terá oportunidade de desenvolver.
Peter
2021-01-09 09:13:01Obrigado pelo artigo, claro e lógico. Rezemos para que JB acorde para a razão e o bem do Brasil.
Suzane
2021-01-09 08:49:25Há décadas, os EUA vêm tendo vários tipos de problemas com a China com relação às fábricas americanas instaladas lá. Essa resolução de trazê-las pra América latina é uma oportunidade de ouro pro Brasil! Contudo, alguém tem dúvidas de que Bolsonaro, Ernesto e o Salles vão botar tudo a perder? Nossa economia precisa de um impeachment pra ontem!!!!
Max
2021-01-09 08:25:33O Jair “ama” o Trump, aquele ídolo extremista, autoritário, prepotente, sisudo e egocêntrico de cabelo Laranja que tomou um oportuno “pé na bunda” dos eleitores e delegados dos USA. Com Biden no Poder, o Jair e sua trupe das Relações Exteriores e do Meio Ambiente com Mourão incluído terão que respeitar a democracia e negociar considerando os interesses dos USA no Ocidente. Veremos até onde o Jair e os bolsolavistas serão capazes de “esticar a corda” ou bater continência.
Nilton Quirolli
2021-01-09 06:37:03Claro como a luz, mas para o bozo terá que passar desenhado.
Maria
2021-01-08 21:18:44Agora o Trump tupiniquim vai ficar mansinho,mansinho