O que eleitores de Lula e Bolsonaro pensam do massacre em Israel
Pesquisa AtlasIntel revela que apoiadores do petista têm maior simpatia pelo lado palestino, enquanto bolsonaristas com o israelense
Pesquisa AtlasIntel, realizada com a StandWithUs Brasil, mostrou como eleitores do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enxergam o massacre do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, em Israel.
O ataque deixou 1.200 mortos e 251 pessoas sequestradas.
Entre os eleitores de Lula, 45,5% consideram o massacre justificável, enquanto 46,2% o condenam.
Já entre os apoiadores de Bolsonaro, 97% rejeitam o ataque realizado pelo Hamas.
Entre os que votaram branco ou nulo na última eleição, 89,9% afirmam que o massacre foi injustificável.
O levantamento foi feito entre 10 e 24 de setembro, portanto antes do acordo firmado entre Israel e o Hamas.
Ao todo, foram entrevistadas 1.812 pessoas, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Lula
O estudo também revelou que 64% dos brasileiros acreditam que o governo Lula deveria se aproximar mais de Israel.
Apenas 30% avaliam que o país está posicionado politicamente como deveria ser, enquanto 3% acham que o governo está mais próximo de Israel do que deveria.
Na prática, o governo petista tem adotado posições frequentes contra Israel.
Em julho, o Brasil aderiu formalmente ao processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (CIJ) que acusa o governo de Benjamin Netanyahu de cometer genocídio contra os civis na Faixa de Gaza.
No mês seguinte, Israel rebaixou oficialmente o nível de suas relações diplomáticas com o Brasil, após o governo Lula rejeitar a nomeação de Gali Dagan como novo embaixador em Brasília.
Além disso, o Brasil deixou a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA).
Solução
O mesmo levantamento mostrou que a maioria dos brasileiros defende a solução que inclua a criação de dois Estados: Israel e Palestina.
Para 39,2% dos entrevistados, o Brasil deveria apoiar diretamente criação dos dois Estados.
Já 33,2% defendem que o país deveria estimular uma negociação de paz sem se alinhar a nenhum lado. Somadas, essas posições representam 72,4% dos brasileiros.
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