O pager dourado de Trump
O item alusivo ao ataque israelense ao Hezbollah foi dado ao presidente americano pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
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Primeiro líder estrangeiro recebido por Donald Trump na Casa Branca em seu novo mandato, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu ao presidente americano um pager dourado (foto) de presente, em alusão à operação que utilizou pagers e walkie-talkies equipados com explosivos para atingir o Hezbollah no Líbano.
"Para o presidente Donald J. Trump, nosso maior amigo e maior aliado. Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu", diz a placa que acompanha o pager.
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O presente "simboliza a decisão do primeiro-ministro que levou a uma virada na guerra e o ponto de partida para quebrar a vontade da organização terrorista Hezbollah", disse o gabinete de Netanyahu ao confirmar a entrega da recordação.
A operação "expressa o poder, a superioridade tecnológica e a astúcia de Israel contra seus inimigos", continuou.
Mensagens explosivas
Centenas de pagers de integrantes do Hezbollah explodiram simultaneamente em 17 de setembro de 2024. Ao menos 12 pessoas morreram e 2.800 ficaram feridas no Líbano e na Síria.
Dentre os atingidos, o embaixador do Irã em Beirute foi ferido.
Um representante do grupo terrorista descreveu o episódio como "a maior falha de segurança". Ele se precipitou.
No dia seguinte, foi a vez dos walkie-talkies do Hezbollah explodirem. Mais 14 pessoas morreram e outras 450 ficaram feridas.
Netanyahu só admitiu a autoria do ataque planejado pela Mossad em novembro de 2024.
"A operação dos pagers e a eliminação de [Hassan] Nasrallah foram lançadas apesar da oposição de altos oficiais do estabelecimento de segurança e do escalão político responsável por eles", disse o primeiro-ministro israelense em reunião do Conselho de Ministros, segundo a imprensa israelense.
Leia mais: Com inteligência, Israel humilha Irã e Hezbollah
O plano de Trump para Gaza
Netanyahu foi recebido por Donald Trump na Casa Branca na terça-feira, 4.
Durante o encontro, o presidente americano apresentou seu plano para ocupar a Faixa de Gaza.
O plano de Trump foi amplamente rejeitado por países de todo o mundo, dentre os quais aqueles que o republicano afirmou que receberiam os refugiados palestinos.
Eis os principais trechos da declaração do republicano:
1.
“Eu acredito que a Faixa de Gaza tem sido um símbolo de morte e destruição por muitas décadas… O que tem sido tão ruim para o povo que vive lá e por perto, especialmente para os que vivem lá. E, francamente, eles têm sido muito azarados. Aquele tem sido um lugar sem sorte por muito tempo. Estar na presença disso não tem sido bom.
Eles não deveriam passar por um processo de reconstrução e ocupação pelas mesmas pessoas que estiveram lá e lutaram e viveram lá e morreram lá e viveram uma existência miserável lá. Em vez disso, eles deveriam ir para outros países de interesse, com corações humanitários. E há muitos deles que querem fazer isso.
Então vamos reconstruir várias estruturas que serão ocupadas pelos 1,8 milhão de palestinos que vivem em Gaza. Acabando com a morte, a destruição e, francamente, com a má sorte. Isso poderá ser custeado pelos países vizinhos que são muito ricos.
Pode ser 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 12 alojamentos. Podem ser vários lugares ou um lugar muito grande, mas as pessoas poderão viver em conforto e paz.”
2.
“Os EUA assumirão a Faixa de Gaza e faremos um trabalho lá também. Seremos responsáveis pelo desmonte de todas as armas perigosas, bombas não detonadas e outras armas no local. Nivelar o terreno, eliminar os edifícios destruídos, criar um desenvolvimento econômico que forneça números ilimitados de empregos e moradias para a população local.”
3.
“Temos uma oportunidade de fazer algo que pode ser fenomenal. E eu não quero ser fofo, não quero bancar uma de esperto, mas a Riviera do Oriente Médio, isso pode ser algo que pode ser tão — isso pode ser tão magnífico.”
4.
“Será maravilhoso para o povo. Palestinos, palestinos principalmente, estamos falando sobre isso. E tenho a sensação de que, apesar de eles dizerem não, tenho a sensação de que o rei na Jordânia e que o presidente geral Sisi… o general no Egito… abrirão seus corações e nos darão o tipo de terra que precisamos para fazer isso, e as pessoas podem viver em harmonia e em paz.”
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