Empresário ligado a Aécio é delatado: dinheiro em caixa de sapatos
Um dos anexos do acordo de colaboração de Orlando Diniz mantidos em sigilo pelo Ministério Público Federal trata da relação do ex-todo-poderoso da Fecomércio do Rio de Janeiro com o empresário Alexandre Accioly. O conhecido integrante da high society carioca, cuja lista de amigos vai de Aécio Neves a Luciano Huck, já foi apontado como...
Um dos anexos do acordo de colaboração de Orlando Diniz mantidos em sigilo pelo Ministério Público Federal trata da relação do ex-todo-poderoso da Fecomércio do Rio de Janeiro com o empresário Alexandre Accioly.
O conhecido integrante da high society carioca, cuja lista de amigos vai de Aécio Neves a Luciano Huck, já foi apontado como operador do deputado tucano e aparece em investigações da Lava Jato por relação com empresários ligados a Cabral.
Orlando Diniz diz ter repassado valores para uma empresa de Accioly responsável pela realização do evento "Noites Cariocas" com a promessa de receber parte do dinheiro pago pelos cofres da Fecomércio de volta para seu bolso.
A promessa de devolver os valores teria sido feita por Accioly em um encontro, após o então governador Sérgio Cabral aproximar os dois. Cabral teria mencionado que "seria muito bom Orlando se aproximar para realizar o evento", que pertencia a Accioly.
Depois da primeira conversa, Diniz e Accioly se reuniram outras vezes no apartamento do empresário em Ipanema. "Na terceira visita, Accioly, em determinado momento, se dirigiu ao interior do apartamento e voltou com uma caixa de sapatos com 100 mil reais. Em outra oportunidade, Orlando voltou a este mesmo apartamento para almoço em homenagem a Aécio Neves", afirma Diniz em um dos anexos de seu acordo.
No total, diz Orlando Diniz, a Fecomércio repassou cerca de 14 milhões para a empresa de Accioly. O empresário devolveu 700 mil reais em espécie a Diniz.
"Accioly recebia Orlando em sua sala, uma sala totalmente aberta, e manipulava o dinheiro para entregar a Orlando que o guardava em uma mochila. Essa sala era sem paredes e era tudo muito natural, como se fosse uma situação corriqueira naquele espaço. Accioly ainda ofereceu a Orlando a oportunidade de investir estes valores na Academia Bodytech", explicou Diniz.
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Comentários (10)
Manuel
2020-09-14 23:06:58Não tinha talco para os sapatos também? Aquele talco branquinho que adoram cheirar.
RICARDO
2020-09-14 15:34:49Mais um jênio empresarial brasileiro. O país está cheio deles.
Nelson
2020-09-14 13:32:10Parabéns MP, pena que todo processo vai para o colo dos sinistros do stf e haja, negociatas..... Am, GM, dt, cl..... E outros que nada soma para nossa pátria, este clube fechado seria melhor
Nilson
2020-09-14 12:40:46O RJ deveria passar a ser chamada de Gotham RJ City e aí só tem um jeito de salvar a cidade emporcalhada de corruptos e outros bandidos chamar o Batman.
Eliomar
2020-09-14 11:58:50Essas denúncias chegam no STF e morre.
Izabel
2020-09-14 11:46:32temos que arranjar espaço par prender todos os bandidos bonitinhos ... mas prender mesmo ... nada de tornozeleira ... sair algemado e de camburão
Dalton
2020-09-14 11:26:22Fim de foro e prisão em segunda instância
Odete6
2020-09-14 10:56:09"Anéscio Never": um lixo imbecilóide!!!! Esse acéfalo tinha tudo pra fazer belas escolhas e uma honesta e brilhante carreira política mas, por 30 dinheiros preferiu chafurdar na lama com seus pares marginais!!!! CADEIA NELE e NOS SEUS!!!! Outro míserável subespécie traidor do POVO e da PÁTRIA!!!!
JOAN
2020-09-14 09:39:54Lava geral! Sem olhar coloração partidária. Só assim, com imparcialidade, a operação judicial continuará tendo o apoio da população.
Jose
2020-09-14 08:45:53Normal. É assim que a elite financeira brasileira se comporta! Há certeza na impunidade e na continuidade do cleptocapitalismo!