O downgrade de Dilma: aspirante a deputada

Durou pouco a ideia da cúpula do PT de fazer da ex-presidente Dilma Rousseff a candidata do partido ao Senado por Minas Gerais. Dirigentes petistas avaliaram que os prejuízos são muito maiores do que os benefícios e a tendência hoje é de que ela seja candidata a deputada federal.

Dilma transferiu seu domicílio eleitoral do Rio Grande do Sul para Minas, sua terra natal, na sequência da prisão do ex-presidente Lula, no início de abril. O movimento, porém, acabou por ter um efeito negativo: quebrou o arco de alianças construído para a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). O motivo é que as duas vagas da chapa ao Senado já tinham donos tanto no MDB quanto no PT.

Como consequência do repentino surgimento de Dilma na disputa, parte da base aliada de Pimentel se rebelou e a Assembleia abriu um processo de impeachment contra ele por atrasos em repasses de recursos ao próprio Legislativo e ao Judiciário. O processo está ainda em fase de definição do rito a ser seguido, mas a expectativa é de que, com a retirada de Dilma da disputa, ele seja enterrado.