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O cálculo geopolítico de Biden no encontro com Putin nesta quarta

16.06.21 09:45

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encontra-se nesta quarta, 16, com o russo Vladimir Putin (foto), em Genebra, na Suíça.

O evento ocorre depois de Biden passar pelo Reino Unido, onde participou de uma cúpula do G7, e pela Bélgica, onde se reuniu com membros da Otan. A escolha do roteiro não foi ao acaso.

Biden quer mostrar a Putin que a união transatlântica, entre americanos e europeus, está funcionando, e que a liderança dos Estados Unidos foi resgatada“, diz o analista internacional argentino Andrés Serbin, especialista em Rússia.

Da reunião com Putin, não se esperam grandes resultados. Nos dias anteriores, assessores dos dois lados tentaram abrandar as expectativas. Após a conversa entre os dois, não haverá uma declaração conjunta. Cada um deles fará a sua coletiva de imprensa, separadamente.

O presidente americano quer se precaver. Ele desconfia de Putin e não quer se comprometer com algo em uma possível declaração conjunta, que ganharia mais relevância“, diz Serbin.

Ao somar a conversa com Putin em sua viagem internacional, Biden quer alcançar ainda outro objetivo, que guarda relação com a China. O país asiático é visto hoje como a principal ameaça, apesar dos seguidos ataques cibernéticos russos e das interferências nas eleições americanas. “Biden quer evitar que Putin se aproxime demais dos chineses, algo que o russo vem fazendo há tempos“, diz Serbin.

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