Novo líder do governo na Câmara é acusado de receber mais de R$ 5 mi da Galvão Engenharia
Escolhido para assumir a liderança do governo Jair Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (foto), do Progressistas, teve o nome citado nas delações de dois executivos da Galvão Engenharia. De acordo com os relatos, o parlamentar recebeu mais de 5 milhões de reais para intermediar negócios entre a empresa e a Companhia Paranaense...
Escolhido para assumir a liderança do governo Jair Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (foto), do Progressistas, teve o nome citado nas delações de dois executivos da Galvão Engenharia. De acordo com os relatos, o parlamentar recebeu mais de 5 milhões de reais para intermediar negócios entre a empresa e a Companhia Paranaense de Energia, a Copel. As informações são do site O Antagonista.
Os executivos contaram que os valores foram negociados e pagos entre 2011 e 2014. Segundo os termos de colaboração, Barros embolsou 1,55 milhão de reais em espécie e recebeu outros 3,53 milhões de reais em doações eleitorais via Diretório Nacional do Progressistas.
Um dos delatores é Dario de Queiroz Galvão Filho, ex-presidente da Galvão Participações, controladora do grupo. Conforme o empresário, em 2011, a Galvão decidiu vender seus ativos na área de energia e queria uma ponte com a diretoria da Copel, uma potencial compradora.
“Com a ajuda de Ricardo Barros, a Galvão conseguiu viabilizar em 30 de novembro de 2011 a venda de 49,9% de sua participação na São Bento Energia (holding proprietária de quatro parques eólicos em construção) para a Copel. Barros funcionou como interlocutor do governo na transação e auxiliou a destravar o processo de negociação da venda à Copel. Ricardo Barros mostrava ter influência e ascendência sobre os agentes públicos da estatal", diz o documento.
Ainda segundo Dario, Barros “solicitou (e recebeu) um pagamento de vantagem indevida” para viabilizar os negócios. “Restou acertado que ele faria jus ao recebimento de R$ 1 milhão e 1,5% dos valores que a Copel viesse a a portar dentro da SPE São Bento Energia. Tal acerto ocorreu em Curitiba em reunião realizada na sede do partido, entre abril e novembro de 2011, possivelmente em 14 de junho).”
De acordo com a matéria de O Antagonista, além do registro da viagem para a capital paranaense naquele dia, o delator entregou anotações de 1 de outubro de 2013, sobre o "saldo devedor" da empresa com Barros. “No total foram pagos em espécie o valor de 1.550.000,00 de reais nas datas citadas na planilha abaixo elaborada à época.”
Os executivos acrescentaram que, em 2013, Ricardo Barros foi procurado mais uma vez para viabilizar a venda dos ativos remanescentes da São Bento Energia. “Desta feita, Ricardo Barros solicitou o pagamento de 1,2 milhão de reais para si, acrescido de 2,5% do valor da transação em benefício do governo do estado.” O ajuste foi ratificado numa outra reunião em Maringá, “em uma sala na Prefeitura da cidade”.
Por indicação de Barros, dizem, a quitação da fatura ocorreu por meio de doações eleitorais ao diretório do qual ele era — e ainda é — tesoureiro nacional. O próprio parlamentar assina um dos recibos eleitorais. Procurado por O Antagonista, Barros disse desconhecer os termos da delação.
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Comentários (6)
José
2020-08-16 05:10:43Mais do mesmo... o Coringa é o líder do governo no Senado...
Jose
2020-08-14 23:12:36Bozismo = Lulismo! Sempre falei isso. Alguém duvida?
Maria
2020-08-14 17:24:38Pois é. No Brasil, é assim que acontece. (Hummmm, será que alguém já falou algo assim?!)?
Pedro
2020-08-14 15:30:41Os corruptos e corruptores odeiam a Operação Lava Jato. Querem continuar a rapinar a República protegidos pela impunidade. É por essa e outras razões não republicanas, que Bolsonaro fez dele seu novo aliado.
Maria
2020-08-14 15:12:11por isto este corrupto teme tanto a lava jato. Uma lástima ser o líder de governo de Bolsonaro na Câmara.este governo perdeu completamente a decência.o último resquício de dignidade foi perdido
Claudenor
2020-08-14 13:55:54Esse é o nosso presidente JB, mais falso do que uma nota de 3 reais. Ambos os líderes do seu governo, Senado e Câmara são acusados de falcatruas com o dinheiro público e corrupção. O Discurso da campanha nos enganou direitinho.