Novo favorito para a PGR foi alvo de mandado de prisão
Novo favorito para assumir a Procuradoria-Geral da República, o subprocurador Antônio Carlos Simões Martins Soares (foto) já foi alvo de uma ordem de prisão. O mandado foi expedido pela Justiça Federal em Juiz de Fora, Minas Gerais, quando Martins atuava como procurador da República na cidade e foi acusado de falsificar a assinatura de um...
Novo favorito para assumir a Procuradoria-Geral da República, o subprocurador Antônio Carlos Simões Martins Soares (foto) já foi alvo de uma ordem de prisão. O mandado foi expedido pela Justiça Federal em Juiz de Fora, Minas Gerais, quando Martins atuava como procurador da República na cidade e foi acusado de falsificar a assinatura de um advogado em um processo. O procurador acabou se livrando da decisão graças a um habeas corpus concedido no mesmo dia pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
A prisão foi decretada pelo juiz federal Francisco de Assis Betti em 9 de julho de 1991, quando Martins ainda atuava na primeira instância -- anos depois ele seria promovido e passaria a dar expediente em Brasília. A decisão foi tomada a partir de uma queixa-crime apresentada pelo então procurador contra Maria do Carmo Ferreira Alves. Ele a acusava de calúnia e difamação. Os dois foram vizinhos na década de 1980.
Ao apreciar a queixa-crime, o juiz Betti não apenas rechaçou os argumentos de Martins como constatou que a peça continha uma assinatura fraudada. O texto era assinado pelo procurador e pelo advogado dele, Paulo Expedicto de Lyra Telles. Como Telles não foi localizado pelos oficiais de Justiça para confirmar o teor da denúncia contra Maria do Carmo, o próprio juiz entrou em contato com ele, que de pronto negou ter assinado a queixa-crime junto com o então procurador.
A partir daí, o magistrado determinou que a Polícia Federal realizasse uma perícia na assinatura que, na peça, era atribuída a Paulo Telles. Os peritos confirmaram a fraude, o que levou o juiz a decretar a prisão do procurador. “Verifica-se que o querelante (Antônio Carlos Martins) apresentou em juízo procuração falsa, inclusive com endereço do causídico propositadamente falso, de molde a ludibriar a Justiça e a parte contrária. Provocou diligências policiais infrutíferas. Falsificou a inicial, assinando como se fosse o advogado Paulo Expedicto”, escreveu o magistrado na decisão que mandou prender o homem que agora é apontado como favorito para suceder Raquel Dodge na PGR.
Para o juiz Betti, como Martins continuava atuando nos autos, estava configurado o flagrante de crimes como estelionato e falsificação de documento. No mesmo despacho, o juiz determinou a abertura de um inquérito na Polícia Federal em Minas para investigar a conduta de Antônio Carlos Martins.
No mesmo dia da ordem de prisão, Martins conseguiu no TRF-1 uma liminar do então presidente da corte, José Anselmo Santiago, revogando a decisão. Mais tarde, o procurador chegou a ser denunciado criminalmente pelo próprio Ministério Público Federal por falsidade ideológica e falsificação de documentos. A denúncia foi aceita e um processo foi aberto pelo TRF em 1995, mas o caso acabou subindo depois para o Superior Tribunal de Justiça, onde acabou prescrevendo.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o subprocurador afirmou que todo o procedimento judicial apresentou vários vícios e que todas as decisões judiciais foram favoráveis a ele.
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Comentários (10)
João Carlos
2019-08-21 12:46:26WHAT??? Só mesmo nessa bagaça, é por isso que a bandidagem do Chile esta vindo pra cá, segundo os que ainda estão presos, é porque a legislação penal tupininquim privilegia a bandidagem, lugar de bandido é nessa bagaça, "isso aqui oh oh é um pouquinho de Brasil ai ai".
Magda
2019-08-21 12:17:37E por que esse cara seria diferente? O ser humano brasileiro traz, em sua maioria, a corrupção, a criminalidade, a mentira em seu DNA. Fazer o quê, né?
Zilma
2019-08-21 08:36:21Outra qq área pode gerar dificuldades pra escolha de um Nome..mas não essa. O Brasil é riquíssimo de grandes juristas, não necessariamente idosos, pra ocuparem o cargo de PGR. Mas a politicagem em torno da escolha os afasta da mínima possibidade de seus nomes virem a ser cogitados. E fica isso aí que estamos sendo obrigados a assistir. "Ninguém Serve"!!!!!!
Jackson
2019-08-21 05:24:15Ué! Vocês disseram que o favorito era o Arias! Como podem garantir agora que este é o favorito?
JOAO
2019-08-21 01:54:30Caso algum canalha assuma a PGR ficaremos sabendo. E assim, teremos a prova da traição do presidente que elegemos. Torço para não termos caído em mais um estelionato eleitoral. Se formos traídos, seguramente, em 2022 daremos nossas respostas nas urnas.
Jackson
2019-08-21 00:33:53A postura ética do Deltan é inatacável, isso é condição necessária mas não é o suficiente para o cargo de procurador chefe. Simples assim.
LuisR
2019-08-21 00:10:12"O caso subiu pro CNJ e acabou prescrevendo". O sujeito tem bons contatos com o covil, rabo preso, semelhante ao caso Toffoli com o processo do Flavinho -- Papaizinho obedeça, senão tofú!
LuisR
2019-08-21 00:00:07Favorito da PGR é falsificador! Onde chegamos?! Pelo curriculum vitae irá convidar o Vermelho pra ser diretor de TI😁
Marci
2019-08-20 23:53:52Conduta ilibada!!!!
Maria
2019-08-20 23:15:23Péssimo! Nem ele, nem Paulo Gonet ( ex sócio e amigo de Gilmar Mendes )