Nos EUA, nem os Kennedy querem saber de Robert Kennedy
Para comemorar o St. Patrick's day, festa do padroeiro da Irlanda ocorrida neste final de semana, a família Kennedy resolveu ir até a Casa Branca para uma foto com o presidente Joe Biden, aproveitando que ambas as famílias têm descendência irlandesa. Apesar de todos estarem sorrindo, a foto é um recado claro de guerra interna:...
Para comemorar o St. Patrick's day, festa do padroeiro da Irlanda ocorrida neste final de semana, a família Kennedy resolveu ir até a Casa Branca para uma foto com o presidente Joe Biden, aproveitando que ambas as famílias têm descendência irlandesa.
Apesar de todos estarem sorrindo, a foto é um recado claro de guerra interna: a mais conhecida da política americana apoia o atual presidente contra Robert Kennedy Jr., um dos seus mais conhecidos membros.
https://twitter.com/KerryKennedyRFK/status/1769520816343888008
"Presidente Biden, o senhor faz o mundo melhor", escreveu Kerry Kennedy, irmã de Robert Kennedy Jr.
RFK Jr., como é conhecido, foi um dos primeiros pré-candidatos do partido Democrata contra a reeleição de Joe Biden. Em outubro do ano passado, quando viu que o establishment partidário fechou questão com o atual presidente, o filho do ex-senador Bobby Kennedy (1925-1968) e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy (1917-1963) decidiu concorrer como candidato independente, contra Biden e também contra o republicano Donald Trump.
Desde antes destes planos todos, no entanto, RFK Jr. não tem a simpatia da família — em sua maioria, fora da política. Contrário à vacinação (ele já disse ser "uma crime médico dar uma dessas vacinas a uma criança", o que não encontra nenhum respaldo na comunidade médica e científica), o advogado recebeu reprimendas da própria família, que quer distância do seu nome.
Ele, no entanto, continua a explorar o seu sobrenome na campanha política. O exemplo mais claro veio no dia da final do futebol americano nos EUA. RFK ganhou, de um comitê que financia sua campanha, um comercial de 30 segundos no horário mais concorrido da TV mundial, ao custo de 7 milhões de dólares.
Para piorar, o vídeo era uma montagem malfeita (propositalmente) de uma das primeiras campanhas de JFK à presidência, em 1960. A família não gostou nada da "homenagem" do candidato independente que, apesar de alegremente ter endossado a campanha, foi obrigado a pedir desculpas à sua família horas depois.
A fissura dentro da família Kennedy é pública, e todos estão contra RFK. Nem que, para isso, tenham de estar do lado de outro irlandês.
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