Nomeações de Flávio eram subterfúgios para tirar PMs das ruas, diz MP
Os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro que investigam o senador Flávio Bolsonaro (foto) e seu ex-motorista, o policial militar Fabrício Queiroz, afirmam que a nomeação de policiais no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro pode ter lesado duplamente os moradores do estado. Para os promotores, além de desviar verbas da Assembleia...
Os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro que investigam o senador Flávio Bolsonaro (foto) e seu ex-motorista, o policial militar Fabrício Queiroz, afirmam que a nomeação de policiais no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro pode ter lesado duplamente os moradores do estado. Para os promotores, além de desviar verbas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, as nomeações tiraram policiais que deveriam estar atuando na segurança pública.
"O grande número de policiais cedidos ao gabinete do parlamentar sem cumprir expediente na Alerj revela a possibilidade de as nomeações terem sido utilizadas com desvio de finalidade, como subterfúgio para afastar policiais militares do serviço de segurança pública das ruas do Rio de Janeiro, em troca do repasse de parte das gratificações pagas", argumentam os promotores fluminenses.
Como exemplo, eles citam alguns casos de PMs nomeados no gabinete de Flávio. O tenente-coronel Wellington Sérvulo Romano da Silva ficou pouco mais de um ano lotado no gabinete do filho de Bolsonaro. Nesse período em que esteve cedido para a Alerj, passou 226 dias fora do país.
Para o Ministério Público, seria "impossível" o policial cumprir sua jornada semanal de trabalho na Alerj ao realizar as viagens para Portugal, residência de sua mulher. No entendimento dos promotores, o assessor do então deputado seria um "funcionário fantasma" que foi cedido à Alerj e "agraciado com férias prolongadas no exterior em troca do repasse de parte da remuneração do cargo em comissão".
Outro citado é o policial militar Agostinho Moraes da Silva, que, em depoimento ao Ministério Público, disse devolver mensalmente cerca de dois terços do seu salário para Queiroz, confirmando a prática conhecida como "rachadinha".
"A atividade de segurança pública estadual, já tão carente de recursos humanos e financeiros, foi diretamente prejudicada pelo afastamento de mais um policial militar que deveria estar protegendo a população nas ruas, mas em troca de repassar parte da gratificação de assessor, ganhou de fato 'férias permanentes' travestidas de cessão à Alerj", alerta o pedido de quebra de sigilo.
A defesa de Fabricío de Queiroz afirmou que entrará com um pedido de habeas corpus contra a quebra de sigilo, que considera ilegal.
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Comentários (10)
Elisabeth
2019-08-13 18:24:49😡😡😡😡😡😎
Sergio
2019-05-17 11:38:42Se fossem prostitutas contratadas era conspiração para não fechar os prostibulos e elevar o preço dos serviços! E como ficam os negócios do catador de "bostas" no zoológico?
José
2019-05-17 11:23:47...todos,independente de partido,filiação ou qualquer outra bandeira,tem que ser punido para o bem do país.Com exceção,claro,do Ministro Gilmar,parentes e amigos.O problema é que o Ministério Público do Rio é suspeito.Vai ter que ir junto!
Augusto
2019-05-17 08:09:45Eu creio que é interessante esse processo para acabar com a corrupção neste país o problema é que ficam somente no Eduardo Bolsonaro para desestabilizar a gestão do presidente porque não se publicam os demais?
Zelinda
2019-05-16 22:30:50eu gostaria saber o nome de todos que estão na lista do COAF. Se culpados condena-se
JOAO
2019-05-16 22:05:32Crusoé, vocês estão caindo em meu conceito. A foto que vcs puseram para esta notícia, dando a impressão de que Flávio está sendo preso, tem apenas um nome: manipulação. E eu NÃO aceito ser manipulado.
PAULO
2019-05-16 19:45:03Espetacular atuação dos dignos representantes do Ministério Público. Parabéns! É disso que o Brasil precisa.
Cildani
2019-05-16 19:35:35Imagino se fosse filho Do Lula. Meus caro(as) Infelizmente a nossa classe política é lamentável, mas vou mais longe o nosso Eleitorado é fantástico escolher essa classe política me incluo nesse eleitorado eu, nós temos responsabilidades por isso. Não votei em Ninguém no 1° Turno no segundo votei no Bolsonaro. Outra Qualidade duvidosa. De incompetência já sabia.
Hildemario
2019-05-16 19:10:36Infelizmente é uma prática comum entre todos os parlamentares do Brasil mas é ILEGAL E IMORAL.
TANIA
2019-05-16 18:51:55Eu quero que a Crusoé por favor veja o primeiro nome da lista do COAF o valor é se o MPF fez o que ? Se está tratando da mesma forma os demais da lista do COAF ou se essa investigação está som com Flávio. Tem que investigar e punir mas eu volto a dizer foi feito o mesmo com o primeiro da lista com valores bem maiores e suspeitos?