No Recife, Campos e Arraes trabalham para herdar eleitorado de Mendonça Filho
Terceiro colocado nas eleições municipais do Recife do último domingo, 15, o ex-ministro da Educação do DEM, Mendonça Filho, se impôs em três zonas eleitorais que abrangem bairros mais ricos da capital pernambucana, áreas que foram dominadas pelo PSB em 2012 e 2016. Os colégios conquistados pelo democrata são objeto de cobiça de João Campos...
Terceiro colocado nas eleições municipais do Recife do último domingo, 15, o ex-ministro da Educação do DEM, Mendonça Filho, se impôs em três zonas eleitorais que abrangem bairros mais ricos da capital pernambucana, áreas que foram dominadas pelo PSB em 2012 e 2016. Os colégios conquistados pelo democrata são objeto de cobiça de João Campos e Marília Arraes, que disputam um segundo turno em família no próximo dia 29.
A segunda-feira, 16, foi tensa nos comitês de ambas as campanhas, em busca de estratégias para conquistar a simpatia do eleitorado que votou em Mendonça e também na bolsonarista Delegada Patrícia, do Podemos, quarta colocada no pleito. O ex-ministro disse que não apoia nem Arraes, nem Campos, e que não vai sequer sair de casa para votar. Já a policial criticou que a cidade foi “entregue a grupos familiares”.
As zonas que abrangem as urnas do bairro nobre de Boa Viagem, por exemplo, ficaram à direita. É o caso da 149ª zona eleitoral, onde Mendonça se impôs com 22.576 votos, 32,4%, contra 25,4% dos votos válidos obtidos ali por João Campos, escolhido por 17.733 moradores. Ali, Marília Arraes precisou enfrentar o antipetismo para conseguir 23% dos votos, 1.693 a menos que seu primo do PSB.
Já na primeira zona eleitoral, que também abrange áreas de Boa Viagem, o candidato do DEM venceu com 34,4% das preferências, seguido de longe por Marília, dona de 25,8% do eleitorado que compareceu às urnas. Campos veio mais atrás, com 22,5% dos votos válidos da primeira zona.
Por fim, Mendonça Filho também conquistou maioria na oitava zona, onde votam eleitores de bairros abastados da capital, como o Espinheiro, reduto eleitoral de sua candidata a vice, a deputada estadual Priscila Krause (foto), do DEM. Ali, o terceiro colocado ficou com 34% dos votos, seguido por Arraes, com 29,5%. Mais atrás, João Campos ficou com 22,5% das opções do eleitorado da zona.
As três zonas conquistadas por Mendonça têm como característica um nível socioeconômico mais elevado, segundo as informações do TSE. Juntas, elas possuem 317,5 mil eleitores, dos quais cerca de 30% possuem ensino superior completo. Outros 10% declaram ao TSE que iniciaram os estudos universitários, mas ainda não concluíram o curso. Nas três áreas, cerca de 68% dos eleitores concluíram ao menos o Ensino Médio. As mulheres formam quase 56% do eleitorado nestas zonas.
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Comentários (5)
Eduardo
2020-11-18 15:53:09Essa é a história politica (e profundamente) do país, gestada na ditadura monárquica luso brasileira: a das capitanias hereditárias. Domados pela omissão, o descompromisso e a aceitação da legislação politica que protege a politicagem de oligarquias.quer de. “direita”, de “esquerda” e de “centro” o povo mantém esse maldito status quo. Para todo o sempre.
Francisco
2020-11-17 22:27:10boa noite. Creio que no Recife , quem ganhar, da no mesmo. ambos são descendentes direto de Miguel Arraes ( talvez netos ou bisnetos)👍
Silvana
2020-11-17 22:10:51Onde há baixa escolaridade, a esquerda faz a festa.
Jose
2020-11-17 15:34:18É Mendocinha. Você não é ruim, mas o nome da sua família é pesado demais para carregar. Somente a elite nordestina, acostumada a cavalgar nos mais pobres e que vive no Espinheiro e em Boa Viagem, votaram em você e na candidata derrotada do Bozo.
Maria s.q.escoda
2020-11-17 13:29:28No Recife que conheço bem o eleitorado, quem nao é Arraes nem Coutinho é COITADO.