No julgamento sobre compartilhamento de dados, Gilmar abre uma terceira via
O ministro Gilmar Mendes (foto), do Supremo Tribunal Federal, votou na tarde desta quinta-feira, 28, pelo compartilhamento de informações entre a Receita e o Ministério Público sem necessidade de autorização judicial. Com isso, já são oito ministros que divergiram do voto do presidente da corte, Dias Toffoli, o único até agora a defender restrições ao...
O ministro Gilmar Mendes (foto), do Supremo Tribunal Federal, votou na tarde desta quinta-feira, 28, pelo compartilhamento de informações entre a Receita e o Ministério Público sem necessidade de autorização judicial. Com isso, já são oito ministros que divergiram do voto do presidente da corte, Dias Toffoli, o único até agora a defender restrições ao envio de dados da Receita.
Já em relação à UIF, nome do antigo Coaf, Gilmar foi o único dos ministros até agora que seguiu as teses defendidas por Toffoli em seu voto e ressaltou que é proibida a produção de relatórios de inteligência financeira por encomenda da polícia e do Ministério Público.
"As autoridades competentes não podem solicitar ao Coaf o detalhamento de contas bancárias ou informações que já não tenham sido informados", assinalou.
"Ressalto ser ilegítimo o compartilhamento de UIF feito a partir de requisição direta da autoridade competente sem observação restrita às recomendações do Gafi", disse o ministro, citando a organização de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo em todo o mundo. "Na práxis institucional, o que se observa muitas vezes é o abuso dessa disseminação dos casos a pedido", avaliou Gilmar.
Depois do voto, o ministro Luiz Fux ficou em dúvida sobre o posicionamento de Gilmar em relação ao recurso julgado na sessão que é a base da discussão do STF. "Vossa Excelência estava na sessão?", respondeu Gilmar, rispidamente.
Durante o voto, o ministro não deixou de fazer menções críticas à Lava Jato, ao lembrar como funcionários da Receita que prestavam auxílio à operação no Rio foram presos por extorsão.
"O combate à corrupção não pode dar ensejo a mais corrupção", atacou. "Não é um problema só nosso", acrescentou o ministro, ao comentar que, recentemente, o procurador-geral da Suíça foi demitido. O ato foi uma punição por atos ilegais em investigações relacionadas à Fifa e também em apurações ligadas à Lava Jato, afirmou Gilmar.
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Comentários (10)
MARIA
2019-11-29 12:35:27Rsrsrs...Gilmar sendo Gilmar...rsrsrs...uma vergonha.
ADEIR VIEIRA JACQUES
2019-11-29 10:48:48A cadelada esta solta.
Walter
2019-11-29 10:44:23.....incrível a falta de freio moral e ético......
Silvino
2019-11-29 10:10:49Vocês notaram que o sempre combativo Gilmar Mendes estava mansinho em sua explanação, nada como um clamor popular pelo seu impedimento para demonstrar resultado imediato.
Anderson
2019-11-29 09:37:56Xiii! O "SUPREMO BEIÇOLA" Está tentando desesperadamente escapar das investigações sobre a dinheirama, imóveis etc. etc,
Solange
2019-11-29 09:21:10parece que o Sr Deus do STF e seu parceiro tofoli querem se blindar!
Antônio
2019-11-29 08:53:38Pelo jeito, Sua Excia., o Beiçola, tem um pouquinho de receio do que pode o Coaf (Uif) mostrar. Impeachment, nele e no Totó.ffoli. Lava Toga a seguir.
Daniel
2019-11-28 23:50:30Ele deveria dizer: “o combate à corrupção não pode dar na minha prisão”... mas faltou moral pro sapo papudo (vovó mafalda).
Emanuel
2019-11-28 23:21:41Ele está querendo se defender, com medo que descubram suas maracutaias.
José
2019-11-28 22:46:04Se esse verme criou uma nova via, pode ter certeza que essa via é um caminho para os corrúptos, amigos dele Cidadãos, até quando esse marginal, junto com os comparsas Días Toffoli, Lewandowski e Marco Aurélio Mello vão legislar pela roubalheira em pleno STF?