Nikki Haley declara voto em Trump
Ex-pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos e última resistência a Donald Trump nas primárias do Partido Republicano, Nikki Haley (foto) declarou voto no magnata novaiorquino. "Eu vou votar em Trump", disse Haley em evento no Instituto Hudson, em Washington, nesta quarta-feira, 22 de maio. “Trump seria inteligente em alcançar os milhões de pessoas que votaram...
Ex-pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos e última resistência a Donald Trump nas primárias do Partido Republicano, Nikki Haley (foto) declarou voto no magnata novaiorquino.
"Eu vou votar em Trump", disse Haley em evento no Instituto Hudson, em Washington, nesta quarta-feira, 22 de maio.
“Trump seria inteligente em alcançar os milhões de pessoas que votaram em mim e continuarem a me apoiar e não presumir que elas simplesmente ficarão com ele. E eu realmente espero que ele faça isso”, acrescentou.
Haley saiu da pré-campanha à Presidência em março, após consecutivas derrotas, incluindo para "nenhuma destas opções" nas primárias de Nevada, em fevereiro, em que Trump não havia disputado.
Fantasma de Haley
Os candidatos da eleição americana já estavam decididos havia mais de um mês quando Trump venceu, no final de abril, as primárias do Partido Republicano na Pensilvânia, um dos estados mais importantes para a vitória nas eleições deste ano.
Ele nem chegou a fazer campanha por lá, até porque tem de comparecer diariamente a um júri criminal pelo qual é réu em Nova York.
Os números, no entanto, falam mais alto que a manchete — e não são tão positivos assim para o candidato. Trump teve 83,4% dos votos (que nas primárias são dados entre os eleitores registrados do partido), com os outros 16,6% indo para Nikki Haley, que desistiu da sua candidatura no início de março. O voto de protesto contra Trump permanece vivo dentro do núcleo republicano.
Entre os chamados estados-pêndulo (swing states), onde a preferência do eleitor não é historicamente alinhada a republicanos ou democratas, a Pensilvânia é o maior. Sua população de quase 13 milhões deve garantir, ao vencedor do estado, 20 votos no colégio eleitoral, uma diferença crucial para qualquer campanha.
Em 2016, Trump venceu Hillary Clinton no estado por 0,72%, enquanto em 2020, a vitória de Biden sobre ele foi mais elástica — meros 1,17%. A diferença na última eleição foi de 80.555 votos. Quase o dobro disso (156 mil) votou em protesto para NIkki Haley, com votos que Trump não pode se dar ao luxo de perder.
O ex-presidente ainda aparece como favorito na disputa contra o atual chefe de Estado, mas o republicano vê ameaças existenciais a sua candidatura no julgamento criminal sobre o caso Stormy Daniels em Nova York. Isso porque, além de uma possível prisão, o eleitor médio tende a desaprová-lo em caso de condenação por fraude, ao ter desviado dinheiro para acobertar um relacionamento extraconjugal com uma atriz de filmes adultos.
Uma pesquisa publicada nesta semana pelo Centro Nacional de Pesquisa de Opinião (NORC), junto à agência de notícias AP, mostrou que a maior parte do eleitorado tende a considerá-lo inapto a um segundo mandato presidencial caso qualquer um dos quatro casos criminais o considere culpado. Para 50% dos entrevistados, ele estaria incapaz de assumir o mandato caso o júri de Nova York o considere culpado pelo caso Stormy Daniels.
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