Netanyahu na berlinda pode mudar guerra em Gaza
Votação no Parlamento na quarta, 11, pode derrubar coalizão que sustenta o primeiro-ministro no poder

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (foto) corre sério risco de colapsar na próxima quarta, 11, quando será votada uma moção para dissolver o Knesset, o Parlamento israelense.
Se o Parlamento for dissolvido, uma nova eleição deverá ocorrer em novembro, o que por sua vez poderia iniciar uma renovação no governo.
Dois partidos da base de Netanyahu, o Shas e o Torá Unida, anunciaram que deixarão o governo de Netanyahu, em protesto contra um projeto de lei que obriga judeus ultraortodoxos a se alistarem nas Forças Armadas.
Isenção das Forças Armadas
Em Israel, onde o serviço militar é obrigatório e dura três anos, judeus ultraortodoxos são isentos sob o pretexto de se dedicarem ao estudo da Torá, a Bíblia judaica.
Esse benefício sempre provocou fissuras na sociedade israelense.
Agora que a população ultraortodoxa representa 13% do total e há uma necessidade de mais soldados na Faixa de Gaza, a pressão contra os ultraortodoxos aumentou.
O Shas e o Torá Unida são a favor da isenção, e se revoltaram contra um projeto de lei que pede o fim do benefício, feito por um membro do Likud, o partido de Netanyahu.
Nas pesquisas de opinião, o Likud conseguiria 23 das 120 cadeiras do Knesset, o que deixaria a sigla longe de formar uma coalizão majoritária.
Faixa de Gaza
O impacto para a guerra na Faixa de Gaza pode ser significativo.
Hoje, há uma fadiga na sociedade israelense com a guerra em Gaza e com a incapacidade do governo Netanyahu de conseguir a libertação dos últimos reféns.
Mesmo assim, Netanyahu tem mantido a guerra contra o grupo terrorista Hamas a todo vapor, para manter sua coalião em pé, acatando as demandas dos partidos mais radicais da sua base, como o Shas e o Torá Unida.
Um novo governo, sem essas agremiações, poderia tomar um rumo diferente no território palestino, elaborando um plano para o pós-guerra, algo que Netanyahu se recusa a fazer.
O partido que tem ido melhor nas pesquisas é o de Naftali Bennett, que propõe a identificação de líderes locais, capazes de adminsitrar a Faixa de Gaza no pós-guerra, com apoio de países árabes.
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Comentários (1)
Joaquim Arino Durán
2025-06-06 16:41:38O melhor nas pesquisas é o Naftali, pelo nome é conservador...