MPF pede que Justiça determine nova correção do exame da OAB
O Ministério Público Federal pediu à Justiça que determine a retificação do gabarito da prova prática de Direito Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil e a anulação da questão discursiva 4, item “A”, do exame de Direito do Trabalho. De acordo com o órgão ministerial, cerca de 7 mil candidatos podem ter sido prejudicados...
O Ministério Público Federal pediu à Justiça que determine a retificação do gabarito da prova prática de Direito Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil e a anulação da questão discursiva 4, item “A”, do exame de Direito do Trabalho. De acordo com o órgão ministerial, cerca de 7 mil candidatos podem ter sido prejudicados “por erros grosseiros” na correção dos testes.
No documento enviado à 8ª Vara de Justiça Federal em Brasília, o Ministério Público explica que as questões contestadas foram mal formuladas e apresentaram falta de precisão e ambiguidade, induzindo milhares de candidatos ao engano. “Os examinandos que se mostraram atentos à precisão terminológica tiveram que optar por respostas distintas daquelas tidas como corretas”, diz a petição.
A ação civil pública relata que as provas receberam críticas de constitucionalistas renomados em todo o país. Além disso, não consideraram a doutrina e a jurisprudência pacificada nos tribunais superiores. O MPF ainda frisou que o entendimento adotado pela banca na prova de Direito Constitucional é contraditório àqueles adotados pela própria Fundação Getúlio Vargas em, pelo menos, outros dois concursos. No caso da prova de Direito do Trabalho, a incorreção teria sido tão grande que não havia sequer resposta possível.
Na peça, o procurador da República Paulo Roberto Galvão esclareceu que a discussão sobre o assunto chega à esfera judicial após o esgotamento das vias administrativas pelos candidatos. “A reprovação do candidato em razão de erros da banca examinadora tem o condão de acarretar ao examinado consideráveis prejuízos, no mínimo de ordem patrimonial e moral, ao se impedi-lo, ilegalmente, de exercer a profissão para a qual, segundo as regras vigentes, poderia ser considerado plenamente apto”, afirmou.
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Comentários (5)
Heraclio
2020-01-26 17:00:38Até quando a OAB E A FGV continuarão impunes e prejudicando os candidatos em suas provas? E um absurdo!
Bernadete
2020-01-25 18:46:57Esse exame tem apenas intenção de arrecadar dinheiro. Não serve pra nada. Na minha cidade, os melhores advogados são aqueles que não fizeram essa prova, nem por isso lhes falta notório saber jurídico. Esse exame é desnecessário para colocar no mercado mais profissionais competentes. Isso é apenas gasto e desgaste. Deixar os candidatos ralar diante de desafios de concursos e aí sim exigir conforme o cargo.
Cap. Kirk
2020-01-24 15:22:34Assim, uma aferição de conhecimentos que em tese serve para melhor qualificar o profissional, como em outras áreas também existem, passa a ser fonte de ansiedade e prejuízo, pela má formulação de questões, atraindo o sempre presente fantasma da corrupção e da intenção meramente arrecadatória, lamentavelmente praxe em taxas e tributos no país. Afora a suspeita de manipulação ideológica, nada descartável, haja vista a posição escancaradamente de esquerda do atual Presidente da Ordem.
Miguel
2020-01-24 14:52:06E ainda querem criticar o ministro da educação por um erro da gráfica.
LUIS
2020-01-24 14:49:19vamos acabar com.mais este feudo de PTzada. E uma vergonha ter que prestar um exame pra trabalhar. É uma.mina de dinheiro para.os poucos da diretoria...