MP da Suíça realiza buscas em Genebra a pedido da Lava Jato
O Ministério Público Federal informou que a 68ª fase da Operação Lava Jato foi realizada na quarta-feira, 20, em Genebra, na Suíça, a partir de um pedido de cooperação internacional. O Ministério Público da Suíça cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados às empresas Vitol e Trafigura, que atuam no mercado de commodities...
O Ministério Público Federal informou que a 68ª fase da Operação Lava Jato foi realizada na quarta-feira, 20, em Genebra, na Suíça, a partir de um pedido de cooperação internacional. O Ministério Público da Suíça cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados às empresas Vitol e Trafigura, que atuam no mercado de commodities de petróleo e derivados. O objetivo é aprofundar as investigações de corrupção, lavagem de ativos e organização criminosa no Brasil. Há suspeita de envolvimento de integrantes da cúpula das duas empresas.
Entre 2004 e 2015, as duas companhias negociaram a compra e venda de petróleos e derivados com a Petrobras (foto). O valor dos negócios da Vitol com a estatal foi superior a 14 bilhões de dólares, e da Trafigura, de mais de 9 bilhões de dólares. No entanto, documentos obtidos em buscas e apreensões no Brasil, em acordos de colaboração premiada, e dados recolhidos com a quebra de sigilo bancário, fiscal e de telecomunicações apontam para o envolvimento de integrantes da cúpula das empresas em pagamento de propina a funcionários da Petrobras.
Em contrapartida, as duas companhias teriam conseguido vantagens como preços mais vantajosos e contratos com maior frequência. O procurador da República Athayde Ribeiro Costa, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, afirmou que "a coleta de evidências contribui na responsabilização de integrantes da cúpula da Trafigura e da Vitol, de seus intermediários e de funcionários públicos lotados em diferentes gerências da área de comercialização da estatal.”
A Lava Jato já denunciou em 14 de dezembro do ano passado ex-executivos do grupo Trafigura, por corrupção e lavagem de ativos em 31 operações de compra e venda de óleo combustível, de 2011 a 2014, com a Petrobras. A acusação envolve o pagamento de propinas de aproximadamente 1,5 milhão de dólares.
Seis dias depois, o Ministério Público Federal denunciou intermediários da Vitol que atuavam também em pagamentos de propina. Foram apontadas 20 operações de compra e venda de óleos combustíveis e outros derivados que envolveram o pagamento de propinas de aproximadamente 2,85 milhões de dólares, segundo a Lava Jato.
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Comentários (7)
Maria
2019-11-21 17:39:04Esse Toffoli é um bandido, mas não vai conseguir acabar com a Lava Jato pois ainda temos promotores destemidos como os da equipe de Curitiba e do Rio de Janeiro. Esses jovens profissionais são muito abençoados.
Raimundo
2019-11-21 14:42:14Se o STF restringir o uso de informação do COAF / UIF, acaba com esse tipo de cooperação internacional. Está parecendo que é isso que os togados estão querendo.
JAT
2019-11-21 14:26:41Eu fico feliz em saber que existem pessoas como o SR ATHAYDE. Eu confio em Deus. Espero que haja um crescimento geométrico de homens e ações como essas . Muito bom só assim a igualdade do humano se aproxima do ideal. muito bom. AVANTE , AVANTE HOMEM DE BEM.
Alberto
2019-11-21 14:24:45A maré está subindo para esses poderosos e eles estão desesperados, sem saber como conter esse efeito....
Luiz
2019-11-21 14:17:42Por isso é que a LAVA JATO não pode acabar. Ainda tem muitas operações a aflorar.
Maria
2019-11-21 13:58:30Gilmar e Toffoli querem acabar com a lava-jato será que está chegando neles?
Brodowski
2019-11-21 13:53:35E o tofoli quer acabar com a Lava Jato, ainda com o apoio dos rachids.