Mourão questiona versão de que PM matou menina em favela no Rio
O presidente em exercício, Hamilton Mourão (foto), questionou nesta segunda-feira, 23, a versão de que policiais militares foram responsáveis pela morte da criança Ágatha Félix, de 8 anos, atingida por um tiro na noite de sexta-feira, 20, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Os policiais foram acusados por parentes da menina. "É aquela...
O presidente em exercício, Hamilton Mourão (foto), questionou nesta segunda-feira, 23, a versão de que policiais militares foram responsáveis pela morte da criança Ágatha Félix, de 8 anos, atingida por um tiro na noite de sexta-feira, 20, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Os policiais foram acusados por parentes da menina.
"É aquela história, é a palavra de um contra o outro", afirmou Mourão em conversas com jornalistas. "E vocês sabem muito bem que nessas regiões de favela, se o cara disser que foi traficante que atirou, no dia seguinte ele está morto", disse aos repórteres.
"Eu comandei tropa que operou no Alemão e na Maré", contou o presidente em exercício. "O narcotráfico coloca a população na rua e atira contra a tropa, coloca em risco a própria gente que habita aquela região", afirmou.
O general da reserva acrescentou que as quadrilhas de traficantes atualmente contam com uma força de apoio nas favelas. "Tem aquela que varre a rua depois do confronto, aquela que diz que quem atirou foi a polícia, independentemente da investigação que tenha sido feita, e aquela que dá sustentação logística, o fogueteiro que avisa que a polícia chegou", enumerou. "Infelizmente, a gente tem que reconhecer que em determinados lugares do Brasil se vive uma guerra. E aí acontecem tragédias dessa natureza".
A morte de Ágatha fez o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defender cautela no debate sobre o projeto que amplia o excludente de ilicitude para policiais, em que agentes de segurança poderão ser isentados de punição por excessos cometidos por "medo, surpresa ou violenta emoção".
Responsável por apresentar a proposta no pacote anticrime que enviou ao Congresso, o ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou nas redes sociais que não há relação entre o episódio da morte de criança com a mudança que sugeriu.
Mourão defendeu que não haja "emoção" no debate do projeto, a partir do caso de Ágatha, lembrando que no mesmo fim de semana, dois policiais morreram em operações no Rio de Janeiro. "Ninguém comenta isso aí", reclamou. "Parece que dois cachorros morreram", chegou a comparar.
"Nós (o Exército), força do estado brasileiro, durante operação na Maré, tivemos um morto e 27 feridos. Ano passado, durante a intervenção no Rio de Janeiro, tivemos três mortos", lembrou o presidente em exercício. "E ninguém toca nisso aí. Tem que haver algum tipo de proteção. Eu falo sempre: dentro do estado de direito a lei tem que valer para todos. Quem infringiu a lei tem que ser punido", reforçou.
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Comentários (10)
Oswaldo
2019-09-24 20:41:26É por isso que eu sou a favor da legalização de toda e qualquer tipo de droga, libera tudo e cobrem impostos como cobram dos fumantes, porque de qualquer forma, legal ou ilegal o usuário mais cedo ou mais tarde vai gerar custo ao sistema de saúde. Hoje somente o tráfico ganha dinheiro, sem recolher imposto, contribuir pra Previdência dos seus funcionários e,etc
Oscar
2019-09-24 12:48:56Essa mídia do RIO é dolorosa. Antes de apurar os fatos já acusam a Polícia - a sempre responsável - pelos crimes e tiroteios.
José
2019-09-24 08:53:49Todo esse bafafá sobre a triste morte de uma criança é igual a outras centenas de mortes que já aconteceram no Rio de Janeiro e como sempre a família e amigos saem gritando sempre que foi a polícia. Os bandidos estão sempre na parte alta portanto atirando para baixo ao contrário da posição da polícia e nunca são os tiros que vem de cima é que acertam quem está embaixo. É como o General disse: as pessoas têm medo de falar a verdade porque correm risco de vida.
Emilio Cedo
2019-09-24 07:29:14Mourão deveria esperar o resultado da balística para se pronunciar. Pensei que era mais astuto.
Sirlei
2019-09-24 00:59:31Mourão além de inteligente, é um grande estrategista. Pena que Bolsonaro o veja como adversário,a imprensa podre insuflou e ele acreditou.Qualquer candidato da direita a presidência gostaria de ter Mourão como vice.
Luís
2019-09-24 00:24:27Muito bom general. Cada vez fica mais evidente que os que apoiam atos e leis que saqueiam nossos recursos, são os mesmos que boicotam leis contra a bandidagem. São os mesmos que fazem leis e agem no sentido de "reprimir" autoridades que combatem o crime e a corrupção. São os mesmos que mantêm e aprimoram um sistema político que independente da vontade popular faz com que tudo vá contra a vontade, por exemplo, de 57 milhões de eleitores e da vontade da Nação. Até quando, gen Mourão?
Alvaro
2019-09-23 23:15:46A imprensa age dessa forma, para ela um marginal réu confesso é SUSPEITO, agora um cidadão é atingido, a bala saiu da arma do policial. Será que a maioria ainda não percebeu, o que está acontecendo no Brasil, os esquerdopatas, querem voltar ao comando. Um cabo e um soldado, resolve esse problema!
Renato
2019-09-23 20:39:26Edilson! JN acaba de informar que o Rio de Janeiro é o estado que mais tem fuzis no Brasil! Parabéns! Mas se pesquisar não é só em fuzis que o Estado do Rio de Janeiro ganha!
Carlos
2019-09-23 20:35:54General, cadê os blindados na frente do congresso e stf?
André
2019-09-23 20:11:31Grande General! 🇧🇷